Juquinha, 18.000% mais rico, chegou rindo à PF

Ex-presidente da Valec foi preso no condomínio Alphaville Ipês, o mesmo em que foi detido o contraventor Carlinhos Cachoeira; sem algemas, parecia alegre ao chegar à PF em Goiânia; mulher e filho detidos; advogado reclama de injustiça "descabida e espetaculosa"; PPS formaliza pedido de depoimento de Juquinha da Norte Sul à CPI do Cachoeira

Juquinha, 18.000% mais rico, chegou rindo à PF
Juquinha, 18.000% mais rico, chegou rindo à PF (Foto: Edição/247)


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Goiás 247 - O ex-presidente da Valec, Juquinha das Neves, recebeu voz de prisão na manhã de hoje com estranha tranquilidade. Ele não foi algemado. Ao chegar à Superintendência da PF em Goiânia, no banco de traz da viatura, até esboçava um sorriso. Juquinha foi preso no condomínio Alphaville Ipês, exatamente o mesmo onde morava o contraventor Carlinhos Cachoeira quando foi detido pela Operação Monte Carlo.

A operação que redundou na prisão de Juquinha trouxe uma abordagem diferente das comumente levadas a cabo pelo Ministério Público Federal. Os procuradores orientaram a investigação para recuperar o dinheiro eventualmente subtraído dos cofres públicos através do sequestro dos bens do acusado. O patrimônio de Juquinha evoluiu de R$ 560 mil em 1998 para quase R$ 100 milhões em 14 anos, um crescimento espetacular de 18.000%.

O advogado de Juquinha, Eli Dourado, afirma que entrará com habeas corpus ainda hoje. Dourado diz que conversou com o cliente nesta manhã. Segundo ele, Juquinha está tranquilo: "Não há provas contra ele. Todas as vezes que ele foi solicitado, compareceu ao Ministério Público." Para o defensor, a prisão é "injusta, descabida e espetaculosa".

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Bem relacionado no meio político de Goiás desde que comandou a Celg, a companhia energética de Goiás, ex-deputado federal e presidente regional do PR, Juquinha é comendador da Ordem do Mérito Anhanguera no grau Grã-Cruz, a maior honraria do governo de Goiás, concedida àqueles que prestam relevantes serviços ao Estado.

Abaixo, notícia anterior de 247 sobre o assunto:

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247 - A prisão do ex-presidente da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias José Francisco das Neves já repercutiu na CPI do Cachoeira. O deputado federal Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara e membro da CPI, apresentou na tarde desta quinta-feira requerimento para convocar 'Juquinha', como ele é conhecido. O ex-presidente da Valec foi preso na manhã desta quinta-feira pela Polícia Federal, durante a operação Trem Pagador. A Valec é ligada ao Ministério dos Transportes e toca projetos gigantescos, como a Ferrovia Norte-Sul, do Maranhão a Goiás, e o trem-bala.

Rubens Bueno diz que a CPI precisa ouvir Juquinha, já que a Valec assinou, em novembro de 2010, contrato no valor de R$ 574 milhões com a empresa Delta – um dos alvos das investigações no Congresso. O acordo que foi rompido após o surgimento das denúncias contra a Delta previa a construção do trecho da Ferrovia Oeste-Leste que vai do terminal portuário de Ilhéus (BA) até o rio da Preguiça. O contrato não foi executado na integralidade, mas R$ 31,9 milhões chegaram a ser pagos para a Delta.

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O ex-presidente da Valec foi preso na casa em que mora no condomínio Alphaville, em Goiânia, no mesmo condomínio de luxo onde foi preso Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em outra operação da PF. Segundo os investigadores, de 2003 a 2011, período em que presidiu a estatal, Juquinha aumentou seu patrimônio pessoal de R$ 500 mil para R$ 60 milhões.

"É imprescindível a vinda deste senhor à CPI, num momento em que se descobre que o motivo de sua prisão estaria ligado à ocultação de bens, formação de quadrilha e a lavagem de dinheiro. E ele, Juquinha, foi quem assinou contrato com a Delta, já que comandou a Valec até 2011", justificou Bueno.

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Juquinha foi demitido depois que irregularidades no Ministério dos Transportes vieram à tona no ano passado.

Com informações da assessoria do PPS

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