Juízes pagam dívida pessoal com verba de entidade

Solange Salgado Vasconcelos, Moacir Ferreira Ramos e Charles Renauld Frazo so acusado pelo Ministrio Pblico Federal de vender sala comercial da Associao dos Juzes para abater emprstimos fraudulentos de gestes anteriores

Juízes pagam dívida pessoal com verba de entidade
Juízes pagam dívida pessoal com verba de entidade (Foto: Divulgação)


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Fernando Porfírio _247 - O Ministério Público Federal denunciou criminalmente três juízes que ocuparam a presidência da Ajufer (Associação dos Juízes Federais da 1ª Região). Moacir Ferreira Ramos, Solange Salgado Vasconcelos e Charles Renauld Frazão de Moraes são acusados de amortizar empréstimos pessoais junto à Fundação Habitacional do Exército com recursos da venda irregular de uma sala comercial da entidade, que representa magistrados do Distrito Federal e de mais 13 Estados.

Os juízes Moacir Ferreira Ramos e Solange Salgado Vasconcelos foram denunciados por apropriação indébita. Já o juiz Charles Renauld Frazão é acusado pelo crime de receptação. A denúncia foi oferecida em novembro pelo procurador-regional da República Juliano Carvalho ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Como pelo menos 17 dos 27 desembargadores do TRF-1 são associados da Ajufer, o Ministério Público Federal em Brasília pediu que o processo fosse enviado para julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. O MPF pediu o afastamento dos três magistrados.

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De acordo com a denúncia, no início de 2010, na gestão do então ex-presidente Moacir Ferreira Ramos, e com a anuência e intervenção da então ex-diretora financeira, a juíza federal Solange Salgado da Silva Vasconcelos, uma sala que pertencia a Ajufer foi alienada por R$ 115 mil.

O comprador pagou o valor do imóvel por meio de um cheque do Banco do Brasil. O valor, segundo avaliação da época, era inferior à cotação de mercado. Ainda de acordo com o MPF, a alienação foi efetivada sem nenhuma autorização prévia e indispensável da Assembléia Geral da entidade. Ou seja, o imóvel foi vendido a preço abaixo do mercado por conta e risco do então ex-presidente e da então diretora financeira.

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Ainda de acordo com a denúncia, o valor do imóvel não foi revertido para a Ajufer, com fortes indícios de que o dinheiro teria sido desviado para o pagamento de empréstimos fraudulentos tomados pela entidade, em gestões anteriores, da Fundação Habitacional do Exército (Poupex).

Segundo o MPF, documentos bancários da Ajufer comprovariam que o recurso da venda do imóvel foi na verdade transferido para a Poupex com o objetivo de quitar empréstimos tomados pelos ex-dirigentes da entidade.

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