Joaquim Barbosa, o bárbaro

Poderíamos passar horas e horas engrossando o rol de situações que dão lastro a Joaquim Barbosa. Assim, até que me provem o contrário, temos sim muitos partidos de mentirinha



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"Nós temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser em casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos. E tampouco seus partidos e os seus líderes partidários têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder".

Isso foi dito por Joaquim Barbosa (STF) em resposta a um estudante que lhe indagou a respeito da interferência do Judiciário no Parlamento brasileiro.

Não é de hoje que Barbosa "polemiza" diversos assuntos. Ele tem, realmente, alguns rompantes que, de certa forma, assusta; mas, na essência, muito se aproveita do que ele diz. Na verdade, muitas das suas falas deveriam ser ditas por outros que não o fazem por motivos que desconheço.

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Talvez por isso, ele alçou, sem querer, o posto de herói nacional. Em tempos conturbados como os que estamos vivendo (altos índices de corrupção e descrença generalizada na política nacional) dizer algumas poucas palavras gera eco junto a uma sociedade carente de referências morais.

Não estou, de forma alguma, fazendo a defesa do Ministro. Ele não precisa. E também não estou abonando tudo o que ele diz. Mas, confesso, senti-me um pouco aliviado por ouvir alguém dizer algo que todo mundo sabe e, não sei por qual razão, não se manifestam.

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Em síntese, algumas provas do acerto de Barbosa na sua conclusão preambular, poderiam ser assim elencadas: a) o Partido Verde (PV) nunca conseguiu emplacar uma pauta consistente de defesa do meio ambiente, nem mesmo num cenário de alta demanda como temos há décadas; b) Afif Domingos (PSD), é, ao mesmo tempo, Vice-Governador de São Paulo e Ministro de Dilma, sem que qualquer partido questione isso de forma séria. Permitem-no jogar na situação e oposição ao mesmo tempo (coisa estranha); c) o Partido Socialista Cristão (PSC), na sua própria essência, segundo meu juízo, desrespeita a laicidade do Estado na medida em que evoca valores religiosos para obter postos num Estado que, institucionalmente, coloca Deus à parte; d) A bancada evangélica, composta por membros de vários partidos, idem. É incongruente (ao menos para mim) a conciliação entre sua institucionalização e os valores buscados pelo Estado; e) o troca-troca de partido seria compreensível em circunstâncias excepcionais. Não consigo compreender como uma pessoa substitui bandeiras/valores como se troca de roupa; f) Os partidos comunistas (PCB, PC do B, PC sei la o que), como a própria História tem demonstrado, jamais conseguiriam substituir, com êxito, uma política de mercados como a nossa por uma "ditatorial-beneficente". A mesmo que, por êxito, entendam assemelhar o Brasil a Cuba ou à Coréia do Norte; g) Renan Calheiros, presidente do Senado, ainda não explicou porque se mantém no cargo apesar de 1,6 milhão de pessoas terem pedido a sua saída, h) Feliciano, em situação semelhante, ainda preside a CDHM...

Enfim, poderíamos passar horas e horas engrossando o rol de situações que dão lastro a Joaquim Barbosa. Assim, até que me provem o contrário, temos sim muitos partidos de mentirinha.

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