Janot sugere demissões de diretores da Petrobras
Procurador-geral da República defendeu uma "eventual substituição" da diretoria da estatal, ainda que os atuais diretores não tenham culpa pelos casos de corrupção investigados pela PF; durante discurso proferido em Conferência Internacional de Combate à Corrupção, em Brasília, Rodrigo Janot afirmou que, como trata-se de uma petroleira com economia mista, com controle da União, é necessário mais rigor e transparência em sua gestão
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RIO DE JANEIRO/BRASÍLIA (Reuters) - Uma "eventual substituição" da diretoria da Petrobras, ainda que os atuais diretores não tenham culpa pelos casos de corrupção investigados na estatal, foi defendida nesta terça-feira pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante discurso proferido em Conferência Internacional de Combate à Corrupção, em Brasília.
Ao falar sobre as denúncias de corrupção que envolvem a Petrobras e diversas empreiteras, Janot disse que o país "se vê convulsionado por um escândalo que, como um incêndio de largas proporções, consome a Petrobras e produz chagas que corroem a probidade administrativa e as riquezas da nação".
Para ele, como trata-se de uma petroleira com economia mista, com controle da União, é necessário mais rigor e transparência na sua forma de atuar.
"Esperam-se as reformulações cabíveis, inclusive, sem expiar ou imputar previamente culpa, a eventual substituição de sua diretoria, e trabalho colaborativo com o Ministério Público e demais órgãos de controle", declarou Janot.
O procurador-geral frisou ainda que a resposta àqueles que participaram de atos ilícitos que envolvem a Petrobras será firme, na Justiça brasileira e fora do país.
Ele citou ainda que nos últimos meses foram autorizadas missões de procuradores da República à Suíça e à Holanda, para investigações relacionadas aos casos conhecidos como Lava Jato e SBM Offshore, fornecedora de plataformas para a Petrobras, que teria pago propina a funcionários da estatal para vencer contratos.
Janot disse que outra equipe de procuradores da República irá aos Estados Unidos, em janeiro de 2015, para cooperar com a Securities and Exchange Commission (SEC) e o Departamento de Justiça norte-americano, para aprofundar investigações.
(Por Marta Nogueira; com reportagem adicional de Anthony Boadle)
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