Itália diz ser “inadmissível” rever extradição de Pizzolato
O governo italiano fincou o pé em sua decisão de extraditar o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e disse ser "inadmissível" rever a decisão como deseja a defesa do brasileiro; "É inadmissível. A Corte de Cassação [instância mais alta do Judiciário do país] já analisou todo o caso e tomou uma decisão. Não se pode por em discussão agora num tribunal administrativo", disse o advogado que representa o governo italiano no caso, Giuseppe Alvenzio; Tribunal julga recurso da defesa nesta quarta-feira
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247 - O governo italiano fincou o pé em sua decisão de extraditar o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e disse ser "inadmissível" rever a decisão como deseja a defesa do brasileiro. Segundo a Itália, todos os ritos processuais fora cumpridos e a decisão do ministro da Justiça, Andrea Orlando, levou em conta todas as garantias de que Pizzolato terá seus direitos preservados para cumprir a pena de 12,7 anos a que foi condenado na Ação Penal 470, o chamado escândalo do mensalão.
"É inadmissível. A Corte de Cassação [instância mais alta do Judiciário do país] já analisou todo o caso e tomou uma decisão. Não se pode por em discussão agora num tribunal administrativo. O ministro da Justiça já decidiu com base na mesma linha da decisão da Cassação. Então ninguém deveria por isso em questionamento", disse o advogado que representa o governo italiano no caso, Giuseppe Alvenzio. O resultado do julgamento deverá ser conhecido nesta quarta-feira (3) e o acórdão deverá ser publicado nesta quinta-feira (4).
"Os documentos enviados pelo Brasil ao Ministério da Justiça não têm fatos novos em relação ao que a Corte de Cassação já tinha analisado. O que houve foi apenas uma confirmação das garantias e este é motivo pelo qual não foi estabelecido um contraditório com a parte, que seria simplesmente inútil", completou Alvenzio
Caso o Tribunal Administrativo Regional do Lácio confirme a extradição de Pizzolato, o Ministério da Justiça italiano deverá determinar uma nova data para a extradição e o Brasil terá 20 dias para efetivar o ato. Se a decisão favorecer Pizzolato, ele poderá deixar a prisão em Módena, na Sicília.
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