Irmão de David é a fonte para desvendar caso
Quem diz a delegada Lucy Fernandes, que investiga o caso do menino de 10 anos que disparou contramestrae se matou; corpo do menino foi enterrado na tarde desta sexta
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247 - A principal fonte para desvendar os motivos que levaram o menino David Mota Nogueira, de 10 anos, a atirar contra sua professora e se matar será o irmão do garoto, um adolescente de 14 anos, também aluno da Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão, onde o crime ocorreu. A informação é da delegada Lucy Fernandes, que investiga o caso ocorrido na escola de São Caetano do Sul, no ABC paulista. A polícia inicia hoje a coleta de depoimentos de testemunhas do caso. Na lista de pessoas que serão ouvidas está a diretora da escola, Márcia Gallo, a coordenadora pedagógica Meire Bernadete Cunha e possivelmente, uma das professoras que esteve na sala de aula de David no dia do crime.
O irmão e os pais de David serão ouvidos na próxima semana. “Vou respeitar o luto da família e aguardar que ela se restabeleça para tomar os depoimentos”, afirmou a delegada. Os alunos da instituição serão ouvidos no local em que ocorreu a tragédia, com acompanhamento de uma equipe de psicólogos, a partir da próxima quarta-feira, 28. A escola municipal possui um sistema de câmeras de segurança instalado e 16 delas capturaram imagens da ação de David. Segundo a diretora da instituição, as imagens foram encaminhadas á equipe policial responsável pelo caso.
A professa atingida pelo disparo, Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas de São Paulo no inicio da tarde desta sexta-feira. Rosileide foi levada para o quarto, está consciente e conversando com familiares. Segundo informações do Hospital, a professora passou por uma cirurgia de três horas, durante a noite de quinta-feira. Na Escola Municipal, as aulas continuam suspensas.
Na primeira vez em que falou sobre o tiro que recebeu do estudante David Mota Nogueira, a professora disse que o menino era “um aluno exemplar, tranquilo, quieto e que tirava boas notas”. As palavras foram ditas por Rosileide ao namorado, o funcionário público Luiz Eduardo Hayakawa, ainda na noite de quinta-feira, logo depois que ela deixou o centro cirúrgico. A professora foi atingida no quadril por tiro disparado por David do revólver calibre 38 de seu pai, o guarda municipal Nilton Nogueira, e passa bem.
Segundo o namorado da professora, ela já “estava bem” e “tranquila” na noite desta quinta e a bala, que se alojou em sua bacia, não chegou a acertar nenhum órgão. Hayakawa aproveitou para se retratar sobre a confusão que fez entre dois Davids. “Ela sempre reclamou de um David, e quando eu vi as notícias, achei que fosse ele. Mas quando eu disse que era Davi, ela ficou impressionada", explicou o funcionário público, referindo-se à declaração que dera na quinta-feira, dizendo que Rosileide já havia reclamado do comportamento violento de um David.
O corpo do menino, que tinha 10 anos e atirou contra a própria cabeça depois de alvejar a professora na frente de 25 colegas, foi velado desde o fim da noite de quinta-feira e enterrado às 16h no Cemitério das Lágrimas, em São Caetano do Sul. As declarações sobre David, dadas por colegas da Escola Alcina Dantas Feijão e vizinhos de São Caetano do Sul nesta sexta-feira, reforçam a impressão da professora, de que o menino era quieto e discreto. Segundo vizinhos, David só saía de casa para ir à escola e à igreja.
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