Ipea: aumenta número de brasileiros na extrema pobreza

Parcela de indivíduos em situação de miséria no Brasil subiu pela primeira vez em dez anos; em 2013, a população abaixo da linha de extrema pobreza aumentou 3,68%, a primeira alta desde 2003; para divulgar os dados, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) não apresentou nenhum estudo, apenas atualizou as estatísticas na plataforma de dados Ipeadata

Parcela de indivíduos em situação de miséria no Brasil subiu pela primeira vez em dez anos; em 2013, a população abaixo da linha de extrema pobreza aumentou 3,68%, a primeira alta desde 2003; para divulgar os dados, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) não apresentou nenhum estudo, apenas atualizou as estatísticas na plataforma de dados Ipeadata
Parcela de indivíduos em situação de miséria no Brasil subiu pela primeira vez em dez anos; em 2013, a população abaixo da linha de extrema pobreza aumentou 3,68%, a primeira alta desde 2003; para divulgar os dados, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) não apresentou nenhum estudo, apenas atualizou as estatísticas na plataforma de dados Ipeadata (Foto: Gisele Federicce)


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Wellton Máximo – Agência Brasil 

O número de indivíduos em situação de miséria no Brasil subiu pela primeira vez em dez anos. Em 2013, a população abaixo da linha de extrema pobreza aumentou 3,68%, a primeira alta desde 2003. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O órgão não apresentou nenhum estudo. Apenas atualizou as estatísticas na plataforma de dados Ipeadata no fim da semana passada, em 30 e 31 de outubro.

O total de pessoas que vivem na extrema pobreza passou de 10.081.225, em 2012, para 10.452.383 no ano passado. A proporção de extremamente pobres subiu de 5,29% para 5,50%, também a primeira alta desde 2003.

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Para definir a extrema pobreza, o Ipea considera os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Os dois organismos baseiam-se em uma estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa.

Com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o levantamento do Ipea define diferentes valores para a linha de extrema pobreza em 24 regiões do país. Cada área tem uma faixa mínima de renda abaixo da qual se caracteriza situação de miséria.

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O Ipea, no entanto, também fez os cálculos conforme os parâmetros do Programa Brasil sem Miséria, que estabelece em R$ 77 per capita por mês a linha de extrema pobreza. Pelos critérios oficiais, o percentual da população em situação de miséria também subiu, de 3,6%, em 2012, para 4%, em 2013. Foi a primeira alta desde o início da série histórica, em 2004.

Apesar do aumento da população em extrema pobreza, a população em situação de pobreza (que enfrentam carências, mas não são classificadas como miseráveis) continuou a cair no ano passado pelos critérios da FAO e da OMS. O total passou de 30.350.786 em 2012 para 28.698.598 em 2013, redução de 5,44%. Em termos percentuais, a fatia de pobres caiu de 15,93% para 15,09%.

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O Ipea define a linha de pobreza como o dobro da linha de extrema pobreza. Pelos parâmetros do Programa Brasil Sem Miséria, no entanto, a proporção de pobres subiu no ano passado, de 8,9% para 9%.

Procurado pela Agência Brasil, o Ipea informou que não vai se manifestar sobre os dados. De acordo com o órgão, um pronunciamento depende da apresentação dos respectivos estudos sobre a renda das famílias brasileiras, que ainda não foram divulgados. Apenas as estatísticas foram lançadas na plataforma de dados.

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