Indícios de homicídio na morte do secretário

Responsveis pelos hospitais que se recusaram a atender Duvanier Ferreira respondero criminalmente pela omisso de socorro; Agncia Nacional de Sade Suplementar concluiu que no houve erro por parte do plano de sade

Indícios de homicídio na morte do secretário
Indícios de homicídio na morte do secretário (Foto: Gervásio Batista/ABr (19.03.2009))


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Brasília 247 com Agência Brasil – A morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, deve ser considerada pela Polícia Civil do Distrito Federal como homicídio culposo. Duvanier morreu depois de não conseguir atendimento em dois hospitais particulares. Somente recebeu tratamento na terceira unidade de saúde procurada, quando já havia sofrido um infarto do miocárdio e os médicos não puderam mais reanimá-lo.

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que a suposta omissão de socorro e negligência no atendimento do paciente teriam provocado seu óbito, ainda que não intencionalmente. Segundo o delegado- adjunto da 1ª Delegacia de Polícia, Johnson Kenedy, “tudo indica que foi homicídio culposo”. Quando procurou por socorro nos hospitais Santa Lucia e Santa Luzia, Duvanier sentia fortes dores no peito devido a um princípio de infarto, mas ainda não tinha infartado.

Os responsáveis pelas duas unidades de saúde podem responder por penas de um a três anos de detenção. O diretor-geral da Polícia Civil, Onofre Moraes, garantiu que a os proprietários dos dois hospitais devem responder pela morte de Duvanier por terem cobrado o cheque caução mesmo o secretário tendo convênio médico. "Eu te garanto que a responsabilidade vai recair sobre os donos dos hospitais", afirmou Moraes.

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Para o diretor-geral, mesmo que o estabelecimento seja particular, há a responsabilidade de atender o paciente em estado grave. "Queremos saber de quem partiu as ordens para a exigência do cheque caução", afirmou. "As pessoas que deram essas ordens [de exigir cheque] serão responsabilizadas pelo não atendimento ao secretário”, disse.

Moraes garantiu que os recepcionistas de ambos os estabelecimentos não podem ser responsabilizados porque atendiam a ordens superiores. Os médicos também não podem ser indiciados por não terem tido contato com Duvanier. O inquérito deve ser concluído em 30 dias.

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Imagens

Moraes afirmou que a polícia já tem "as imagens [do circuito interno] dos hospitais e depoimentos de pessoas envolvidas". O caso também é investigado na Delegacia de Defesa do Consumidor do Distrito Federal. Na manhã desta segunda-feira (23), funcionários dos três hospitais percorridos por Duvanier começaram a ser ouvidos.

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A delegada Alessandra Figueiredo espera que até o final desta semana seja possível fazer uma avaliação dos depoimentos. “Temos que ouvir todos os envolvidos no caso. Como a investigação ainda está em andamento não é possível falar sobre os acontecimentos, mas até o fim desta semana será possível fazer uma avaliação prévia do caso", diz.

Na sexta-feira (20), a presidente Dilma Roussef determinou que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, investigue as causas da morte de Duvanier. Hoje (23), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) concluiu que não houve erro por parte do plano de saúde Geap no caso da morte do secretário.

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De acordo com a ANS, o plano do qual o secretário era cliente não era credenciado em nenhum dos três hospitais particulares – Santa Lúcia, Santa Luzia e Planalto – procurados por ele na quinta-feira passada. Assim, segundo a agência, não houve negativa de cobertura.

 

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