HSBC: denunciante quer contribuir com o Brasil

Responsável por entregar aos serviços de informação franceses e à Justiça francesa, em 2009, uma lista de 106 mil contas secretas de cidadãos de diversos países, que representavam um total de 180 bilhões de euros, Hervé Falciani, ex-funcionário do banco em Genebra, se mostra disposto a colaborar e trabalhar junto a um organismo brasileiro; "Se pensar que esse trabalho pode ser determinante, eu me arriscarei a ser extraditado. Trata-se de investigar o sistema financeiro dos paraísos fiscais, o que pode ser útil ao Brasil", afirma; ele diz nunca ter sido procurado por autoridades brasileiras

Responsável por entregar aos serviços de informação franceses e à Justiça francesa, em 2009, uma lista de 106 mil contas secretas de cidadãos de diversos países, que representavam um total de 180 bilhões de euros, Hervé Falciani, ex-funcionário do banco em Genebra, se mostra disposto a colaborar e trabalhar junto a um organismo brasileiro; "Se pensar que esse trabalho pode ser determinante, eu me arriscarei a ser extraditado. Trata-se de investigar o sistema financeiro dos paraísos fiscais, o que pode ser útil ao Brasil", afirma; ele diz nunca ter sido procurado por autoridades brasileiras
Responsável por entregar aos serviços de informação franceses e à Justiça francesa, em 2009, uma lista de 106 mil contas secretas de cidadãos de diversos países, que representavam um total de 180 bilhões de euros, Hervé Falciani, ex-funcionário do banco em Genebra, se mostra disposto a colaborar e trabalhar junto a um organismo brasileiro; "Se pensar que esse trabalho pode ser determinante, eu me arriscarei a ser extraditado. Trata-se de investigar o sistema financeiro dos paraísos fiscais, o que pode ser útil ao Brasil", afirma; ele diz nunca ter sido procurado por autoridades brasileiras (Foto: Gisele Federicce)


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247 – Denunciante do escândalo do HSBC, que revelou mais de 100 mil contas secretas de clientes do banco cujo objetivo era fugir dos impostos, caso que ficou conhecido como SwissLeaks, Hervé Falciani, 42 anos, se mostra disposto em colaborar com o Brasil nas investigações sobre o caso.

Como engenheiro de sistemas de informática do HSBC de Genebra, na Suíça, Falciani entregou aos serviços de informação franceses e à Justiça francesa, em 2009, uma lista de 106 mil contas secretas de cidadãos de diversos países, que representavam um total de 180 bilhões de euros.

"Era minha responsabilidade", afirma, ao explicar seus motivos. "Tinha a possibilidade de fazer e não via outros que a tivessem". As declarações foram feitas em entrevista à Carta Capital. Falciani não é definido como delator, uma vez que não cometeu crimes, mas um lanceur d'alerte (whistle blower), uma espécie de cidadão engajado e herói do mundo moderno, como define a revista.

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Ele se diz disposto a trabalhar com um organismo brasileiro. "Se pensar que esse trabalho pode ser determinante, eu me arriscarei a ser extraditado. Trata-se de investigar o sistema financeiro dos paraísos fiscais, o que pode ser útil ao Brasil", afirma Falciani, que tem origem italiana e nasceu em Mônaco, o primeiro paraíso fiscal que conheceu de perto.

"A colaboração com as autoridades argentinas deu-se através de uma rede informal de cidadãos determinados e corajosos, prontos a convocar seus superiores para a tarefa de ir ao fundo da questão. No Brasil, espero haver quem queira colaborar com as autoridades brasileiras para ajudá-las a entender o mecanismo do banco", disse ainda.

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Segundo ele, "se Brasil e Argentina trabalhassem juntos nesse sentido, tudo seria mais fácil. O responsável brasileiro da Receita pode pedir a colaboração de seu colega argentino, Ricardo Echegaray, que já investiga o caso". Ele conta nunca ter sido procurado por autoridades brasileiras para colaborar no exame da lista.

CPI do HSBC

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No Senado, uma CPI aberta para apurar o escândalo regrediu na investigação depois que parlamentares reverteram a decisão de pedir quebra de sigilos de seis pessoas envolvidas no esquema, bloqueando qualquer investigação sobre seus dados bancários e fiscais.

Assim, a CPI do HSBC virtualmente trancou a apuração sobre os US$ 7 bilhões depositados em 5.549 contas suspeitas de 8.667 mil brasileiros flagrados com depósitos não declarados na agência suíça do HSBC em Genebra.

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Leia aqui a íntegra da entrevista.

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