Helder Barbalho defende autorização para Petrobras explorar petróleo na Foz do Amazonas
Governador do Pará defende autorização para Petrobras realizar pesquisas de exploração de petróleo na Foz do Amazonas em meio a recomendação contrária do Ibama
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247 - O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), defendeu nesta segunda-feira (15) a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que a Petrobras possa realizar pesquisas visando a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, localizada no limite dos estados do Pará e Amapá.
Segundo Barbalho, ele tem tratado diretamente com o presidente Lula (PT) sobre o assunto, e que o petista se comprometeu a mediar a questão entre a Petrobras e os órgãos ambientais.
Reportagem do Uol destaca, entretanto, que um parecer interno do Ibama recomendou a negação da licença ambiental para que a estatal explorasse petróleo na região. A decisão final caberá ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
O governador declarou que a França já explora petróleo na mesma bacia há dez anos e questionou por que o Brasil não poderia fazer o mesmo. Helder Barbalho ainda afirmou que é possível estabelecer critérios ambientalmente corretos para a exploração e que essa oportunidade não pode ser perdida.
"Entre pesquisa e ideologia, fico com a pesquisa", declarou o governador durante um seminário do grupo Esfera Brasil, realizado em São Paulo, ao lado do vice-presidente executivo da Vale, Alexandre D'Ambrosio.
O governador informou, ainda, que o Pará lançará leilões de concessões de áreas florestais no segundo semestre deste ano, envolvendo 4 milhões de hectares de áreas de floresta pública para concessão privada.
Embora reconheça que pode ser contraditório avançar na exploração de combustíveis fósseis enquanto se discute energias renováveis, Helder Barbalho questiona se o Brasil pode abrir mão dessa oportunidade de exploração sustentável.
“O Brasil vai abrir mão disso pelas próximas décadas? Talvez seja uma discussão que a gente possa fazer daqui a 50 anos, mas neste momento o Brasil tem condição de abrir mão de uma oportunidade de exploração sustentável de combustível fóssil? Entendo que é uma discussão que deve ser aprofundada”, pontuou.
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