Haddad vai a Dilma negociar dívida de R$ 50 bi
Depois de acertar com ministro da Fazenda calendário de liberação de R$ 8 bilhões para obras em São Paulo, prefeito será recebido no Palácio do Planalto nesta segunda-feira 30; na conversa com a presidente Dilma estarão em pauta o pedido de renegociação da dívida de R$ 50 bilhões da cidade com a União, a renovação da aposta no setor dos transportes para desafogar a capital e, sem dúvida, uma pitada de política; Fernando Haddad será peça fundamental no apoio ao ministro Alexandre Padilha, da Saúde, como candidato a governador pelo PT em 2014; mais 15 corredores de ônibus são implantados
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247 – O setor de transportes tornou-se a prioridade número um da gestão do prefeito Fernando Haddad, em São Paulo. Tanto assim que nele será investida a parte mais substancial dos R$ 8 bilhões já liberados pelo governo federal para obras de infraestrutura na maior metrópole do País. No início do mês, Haddad reuniu-se em São Paulo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para definir um calendário de liberação dessas verbas. Nesta segunda-feira 29, ao mesmo tempo em que serão estabelecidos mais 15 corredores de ônibus em São Paulo, o prefeito estará em Brasília para uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, às 16h00, no Palácio do Planalto.
Apesar de não ter sido divulgada a pauta do encontro, é certo que o prefeito renovará diante da presidente seu pedido de troca de indexador para a atualização da dívida pública de São Paulo com a União, hoje em R$ 50 bilhões. Preliminarmente, Haddad já vem tratando do assunto com o ministro Mantega. Não está descartado o anúncio de uma solução para este tema. O prefeito considera fundamental a renegociação da dívida paulistana para que a cidade volte a ter capacidade de investimento.
Uma renovação na aposta de Haddad nos corredores de ônibus como forma de desafogar o tráfego da capital – de longe o pior do País – igualmente será feita pelo prefeito. Dois meses atrás, a presidente Dilma esteve em São Paulo para anunciar a liberação de R$ 8 bilhões para obras de infraestrutura na cidade. A maior parte desses recursos irá para o setor de mobilidade urbana.
Não deverá faltar tempo, ainda, para que os dois políticos tratem do apoio que o prefeito poderá prestar ao virtual candidato do PT ao governo do Estado em 2014, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Assim como Haddad, Padilha é uma escolha pessoal do ex-presidente Lula. Ex-ministro da Educação nas gestões Lula e Dilma, o prefeito nunca havia disputado uma eleição até concorrer ao cargo. Largou com apenas 3 por cento de intenções de votos nas pesquisas, chegou ao segundo turno em segundo lugar e, na rodada final, bateu o tucano José Serra.
O PT, é claro, quer que o mesmo desempenho se dê com Padilha. Com a vantagem de, agora, o candidato novato contar com um correligionário na prefeitura da cidade. Já está acertado que, após o final da implantação do programa Mais Médicos, entre o final deste ano e o início do próximo, Padilha deixará o ministério para dedicar-se exclusivamente à sua campanha.
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