Haddad descarta candidatura em 2026: “pior coisa que um político pode fazer é sentar em uma cadeira pensando em outra”

Ministro da Fazenda destaca diálogo com o Parlamento e apoio à reeleição de Lula enquanto comenta sobre alianças políticas e relação com governador bolsonarista

Ministro Fernando Haddad 03/04/2023
Ministro Fernando Haddad 03/04/2023 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu uma entrevista nesta quinta-feira, 13, na qual reforçou a necessidade de os políticos se comprometerem plenamente com seus cargos, descartando assim a possibilidade de lançar uma candidatura presidencial em 2026. Ao invés disso, ele expressou seu apoio à reeleição do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizando a importância de um político estar totalmente engajado no presente.

“A pior coisa que um político pode fazer é sentar em uma cadeira pensando em outra”, disse em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da RedeTV.

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Ao abordar a reeleição de Lula, Haddad ressaltou que é fundamental que o presidente esteja disponível para atender às demandas do país, mas destacou que a decisão de concorrer novamente é uma escolha pessoal, a qual será respeitada pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Quando questionado sobre a postura do PT nas eleições municipais de 2024, o ministro mencionou especificamente o caso de São Paulo, onde existe um acordo estabelecido com o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) para apoiar a candidatura de Guilherme Boulos à prefeitura. Haddad enfatizou a importância de cumprir com os compromissos assumidos e respeitar as alianças estabelecidas.

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"Tem um acordo com o PSOL para São Paulo e penso que tem de cumprir", disse.

No que diz respeito à sua relação com o Parlamento, Haddad assegurou que nunca teve dificuldades em dialogar com os parlamentares, mas reconheceu que é possível aprimorar a interação entre o Legislativo e o Executivo. Ele destacou a boa relação que mantém com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), enfatizando que o diálogo entre os poderes é essencial para avançar nas pautas de interesse nacional.

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Haddad abordou também a pressão que enfrentou ao ocupar o cargo de ministro da Fazenda durante a transição entre os governos de Bolsonaro e Lula. No entanto, ele ressaltou que recebeu apoio dos demais poderes, especialmente do Legislativo, para desempenhar suas funções com eficiência.

O ministro da Fazenda enfatizou os avanços conquistados no campo econômico durante o semestre, com destaque para a aprovação da reforma tributária e a solução de questões judiciais relacionadas a impostos. Ele mencionou também a importância do diálogo e da colaboração com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mesmo considerando sua afinidade com o governo bolsonarista.

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Haddad também abordou a intensificação dos protestos e invasões aos prédios dos poderes em 8 de janeiro, além de comentar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de condenar Jair Bolsonaro e torná-lo inelegível. O ministro expressou preocupação com o impacto dessas questões no cenário eleitoral, enfatizando que nenhum indivíduo, por mais popular que seja, deve estar acima da lei.

Fernando Haddad concluiu a entrevista destacando a importância de os políticos se dedicarem integralmente aos cargos que ocupam, evitando distrações e planos futuros, a fim de atender às demandas e necessidades do país e de sua população.

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