'Há uma obsessão na mídia por denegrir o Brasil'
Prestes a lançar “Teerã, Ramalá e Doha: memórias da política externa ativa e altiva”, que narra fatos de sua passagem pelo Itamaraty, ex-chanceler Celso Amorim propõe uma reflexão sobre a imprensa brasileira: “Há uma obsessão pelo autodenegrimento, deve ser uma coisa da psicologia coletiva, que eu acho que se acentuou com um governo popular, que não é de elite, mas não é só com ele, não”; “As pessoas às vezes fazem perguntas estapafúrdias de quem nunca entendeu nada porque só leu a mídia brasileira. Não estou falando uma coisa da minha cabeça”, acrescentou
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247 – Na véspera do lançamento de seu livro: "Teerã, Ramalá e Doha - Memórias da política externa ativa e altiva", o ex-chanceler Celso Amorim faz uma reflexão sobre a imprensa brasileira: “Há uma obsessão pelo autodenegrimento, deve ser uma coisa da psicologia coletiva, que eu acho que se acentuou com um governo popular, que não é de elite, mas não é só com ele, não”.
Em entrevista ao El Pais, ele afirma que a mídia tem uma influência ruim na opinião pública. “As pessoas às vezes fazem perguntas estapafúrdias de quem nunca entendeu nada porque só leu a mídia brasileira. Não estou falando uma coisa da minha cabeça”, garante.
Segundo Amorim, em conversa com um embaixador estrangeiro, após sua saída da Defesa, ele fez um comentário: ‘Nunca estive num país em que a mídia fosse tão unanimemente contra o governo quanto é no Brasil’. “Vou até complementar isso, embora, você sabe, eu tenha trabalhado com Lula, Dilma, seja ligado ao PT: Eu acho que é pior com o PT, mas mesmo sem o PT era assim”, acrescentou.
Ele cita como exemplo o episódio da Vaca Louca no Canadá, logo apos o impasse entre a Bombardier e a Embraer. "Claro que eles negaram até à morte que houvesse ligação entre as duas coisas, mas, para mim, tinha, e eles não tinham fundamento na questão da Vaca Louca. Eu convoquei uma reunião de um dos comitês fitossanitários que tem lá na OMC e era uma coisa fora do comum que um embaixador fosse a esse tipo de reunião mais técnica. Cinco ou seis países apoiaram o Brasil e o Canadá, exclusivamente, criticou o Brasil. Manchete no outro dia num dos grandes jornais: ‘Brasil é criticado na OMC’. Isso era na época do Fernando Henrique" (leia mais).
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