Grupo de mulheres deixa fazenda de Kátia Abreu em Tocantins
Segundo o MST, a ocupação ocorrida foi um ato político: "De forma simbólica, destruímos o viveiro de eucalipto e o substituímos por sementes de abóbora, feijão e mandioca, que matam a fome do brasileiro"; propriedade pertence ao deputado Irajá Abreu (PSD-TO), filho da senadora e presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil
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Marcelo Brandão
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O grupo de mulheres ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e à Via Campesina que ocupou hoje (7) a Fazenda Aliança deixou o local nesta quinta-feira, de acordo com informações do MST. A fazenda é propriedade do deputado Irajá Abreu (PSD-TO), filho da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidenta da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e uma das principais porta-vozes dos produtores rurais no Congresso Nacional.
Segundo o MST, a ocupação ocorrida nesta quinta-feira foi “um ato político, de manifestação contra a utilização das terras para monocultivo, contra o modelo do agronegócio, que tem violentado trabalhadores e trabalhadoras e de apoio à reforma agrária”.
O movimento também se mostrou contrário ao plantio de eucalipto e o uso de agrotóxicos.
“De forma simbólica, destruímos o viveiro de eucalipto e o substituímos por sementes de abóbora, feijão e mandioca, que matam a fome do brasileiro”. O movimento questiona a plantação de eucalipto para reflorestar o local. “O conceito de reflorestamento conserva a biodiversidade. Para cultivar o eucalipto é preciso matar tudo para cultivá-lo. Esse ato serve também para expor a forma como a senadora tem utilizado as férteis terras tocantinenses”, disse o MST.
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