Greve de servidores vai a 22 Estados e 26 setores

Paralisação nacional de servidores públicos federais atinge o 16º dia; governo promete respostas a reivindicações apenas no final do mês; pedidos de reajustes somam mais de R$ 92 bi; reunião com secretário Gilberto Carvalho por alternativas

Greve de servidores vai a 22 Estados e 26 setores
Greve de servidores vai a 22 Estados e 26 setores (Foto: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil)


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Agência Brasil – A greve dos servidores públicos federais segue sem prazo para terminar. Hoje (3), a paralisação chegou ao 16º dia e atinge 22 estados e o Distrito Federal, em 26 setores. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento e Gestão (Mpog), o processo de negociação está em andamento e a expectativa é que em 31 de julho o ministério tenha propostas concretas para apresentar às categorias.

Insatisfeitos com o prazo, um grupo de servidores do Distrito Federal se reúne logo mais, por volta das 13h, com o ministro Gilberto Carvalho, chefe da Secretaria-Geral da Presidência, para que ele interceda no Planejamento. O objetivo é que as negociações avancem mais rapidamente e que os serviços voltem a ser prestados.

Ontem (2), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) se reuniu com o Ministério do Planejamento e Gestão (Mpog) para negociar os pontos de reivindicação. Não há estimativa de quantos funcionários estão parados

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As demandas dos servidores federais são, em linhas gerais, recomposição salarial, extensão do plano de carreira estabelecido pela Lei 12.277/2010 a todos os servidores, ampliação de auxílio-alimentação e saúde, e realização de concurso público.

Hoje, a Condsef tem encontros setoriais marcados com as categorias e amanhã (4) haverá programação para o Dia Nacional de Lutas nos estados. Ainda neste mês, a confederação realizará um acampamento na Esplanada dos Ministérios (entre os dias 16 e 20), uma marcha a Brasília (dia 18) e uma plenária unificada de avaliação dos resultados (dia 20).

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Os setores atingidos pela paralisação são diversos. Na área da saúde, estão em greve a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), professores e funcionários de hospitais universitários federais, além de servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus) e do Ministério da Saúde.

Em outras áreas, não trabalham grupos de funcionários dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), da Integração Nacional (MI), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Justiça (MJ) e da Previdência Social (MPS).

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Ainda estão em greve, trabalhadores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), da Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), dos Institutos Federais Tecnológicos de Educação da Base do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Sergipe (Ifets-Sindisep), do Arquivo Nacional, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do Departamento do Fundo da Marinha Mercante (DFMM), da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPhan).

Os funcionários do Ministério das Relações Exteriores (MRE) anunciaram hoje que encerraram a greve e retomaram as negociações com o Planejamento. A paralisação foi e envolveu 75% da categoria, atingindo 130 postos de representação do Itamaraty no Brasil e no exterior.

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De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (SindItamaraty), o órgão continuará a defender os pleitos dos servidores e a pressionar a administração por recomposição salarial. A próxima reunião do sindicato está marcada para a próxima sexta-feira (6).

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