Governo perde a paciência: "greve não é férias"
Incomodada com as paralisaes dos bancrios e dos funcionrios dos Correios, ministra Miriam Belchior, do Planejamento, lembra frase do ex-presidente Lula para dizer que o governo no pretende compensar todos os dias no trabalhados; a radicalizao?
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Evam Sena_247, em Brasília - A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou hoje que grevistas devem assumir como conseqüência da paralisação o corte de salário referente aos dias de greve ou a reposição dos dias parados.
O governo Dilma enfrenta duas grandes greves, dos Correios, desde 14 de setembro, e dos bancários, desde 27 do mês passado. Depois de várias tentativas de acordo frustradas, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) vai julgar o dissídio para os trabalhadores dos Correios.
"O presidente Lula já dizia, greve não é férias", afirmou Belchior. A ministra ressaltou que o aumento de salários do funcionalismo público vai na contramão da política de ajuste fiscal e controle da inflação emprega pelo governo.
O principal entrave para acordo entre os Correios e seus funcionários é sobre o desconto dos dias parados. A empresa concorda com a proposta de descontar seis dias em 12 parcelas a partir do próximo ano, e os demais dias parados seriam compensados nos fins de semana e feriados. A proposta não foi aceita pelos servidores, que querem a compensação de todos os dias, sem desconto do salário.
O jogo duro do governo com os grevistas abriu uma guerra com os sindicatos. O Planalto determinou o corte de ponto numa forma de desencorajar paralisações de outras classes, apresentando como motivo sempre a crise financeira mundial.
O presidente da Força Sindical, deputado Paulinho (PDT-SP), apesar de ser de partido da base aliada, comparou Dilma ao lutador Anderson Silva. “Queremos demovê-la desse estilo UFC”, defendeu ele. Para o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Pattah, a política do governo atual é um retrocesso. “Ao adotar o corte do ponto dos funcionários parados, o governo Dilma utiliza um expediente patronal e se coloca no mesmo patamar dos banqueiros”, classificou.
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