Governo pede trégua aos professores federais

Ministério do Planejamento pede para que professores voltem ao trabalho por 20 dias até fechar o semestre letivo; governo adianta que o prazo é suficiente para reestruturar a carreira, principal reinvindicação dos docentes

Governo pede trégua aos professores federais
Governo pede trégua aos professores federais (Foto: Mariana Costa/Divulgação)


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247 – O governo federal pediu aos professores que voltem às universidades para fechar o semestre letivo sem maiores transtornos. A "trégua" por 20 dias seria o prazo suficiente segundo o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, para que o ministério faça a reestruturação da carreira, principal reinvindicação dos professores.

"Queremos retomar a conversa, propondo que as entidades deem uma trégua na greve. Pedimos um prazo de 20 dias para fechar o semestre com tranquilidade e nós oferecemos nosso compromisso de chegar a um acordo sobre a questão da carreira", disse Mendonça.

A paralização começou no dia 17 de maio e atinge 55 instituições federais de ensino em todo o país. Em busca da reestruturação de carreira, os servidores vinculados ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) anunciaram greve geral a partir desta quarta-feira (13), entre professores e técnicos. A paralisação deve atingir 40 mil servidores.

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Mendonça disse ainda que essa é uma "oportunidade ímpar" de avançar no acordo para valorização de carreira dos docentes, que vem sendo discutido desde 2010. "São 20 dias para resolver uma conversa de muito tempo. Vamos avaliar o que vai ser possível construir", garantiu.

A proposta não agradou os representantes dos professores. Para a presidente da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Marina Barbosa, não há motivos para acreditar em boa vontade do governo para negociar. "Ele [Sérgio Mendonça] não pode dizer que é uma greve ilegítima ou precipitada. A gente já tinha dado trégua porque está desde agosto de 2010 dando trégua pro governo. Por que agora temos que acreditar que, ao suspender o movimento, vamos ter uma proposta apresentável?", indagou.

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Os professores reivindicam a reestruturação das carreiras dos docentes e protestam contra a falta de infraestrutura nas instituições.  Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (19).

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