Governo Dilma não pode ficar refém de parlamentares e mídia, diz Stédile
Líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) avalia que "o governo está se comportando como refém do PMDB e não tem tido coragem de enfrentar pelo menos a crise política"; em entrevista, João Pedro Stédile defende que a presidente Dilma deve "repactuar a agenda com os movimentos sociais", que serão recebidos hoje no Planalto pela petista, e ressalta que não há condições políticas nem constitucionais para um golpe
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247 – A presidente Dilma Rousseff recebe no Palácio do Planalto, na tarde desta quinta-feira 13, representantes de movimentos sociais do País. João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pretende apresentar reivindicações e criticar o comportamento do governo em relação à crise política.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, ele afirma que os movimentos são críticos ao ajuste fiscal coordenado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, à política que tem elevado os juros e ainda, em sua avaliação, a postura de "refém" do PMDB. Segundo ele, a presidente Dilma não pode ficar refém de parlamentares e da mídia.
Para Stédile, o conjunto de medidas apresentado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é uma "sacanagem", uma "tentativa de mudar a verdadeira agenda do Brasil". "O governo está se comportando como refém do PMDB e não tem tido coragem de enfrentar pelo menos a crise política", disse.
Sobre as manifestações do próximo domingo 16, que pedirão o impeachment de Dilma, ele acredita que possa aparecer menos pessoas porque a Globo não vai incentivar os protestos como fez em março. Ele avaliou também que "não há as mínimas condições políticas e constitucionais para um golpe". O líder do MST defende que Dilma "repactue a agenda com os movimentos sociais" que ajudaram a eleger a presidente.
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