Governo Bolsonaro multiplicou por 9 valores pagos a reservistas da Forças Armadas que atuam em escolas cívico-militares
Montante destinado aos assessores e monitores escolares saltou de R$ 7 milhões em 2020 para R$ 64 milhões no ano passado
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247 - O governo Jair Bolsonaro ampliou em nove vezes o valor da remuneração adicional paga a reservistas das Forças Armadas que atuavam nas escolas cívico-militares entre os anos de 2020 e 2022. Nesta quarta-feira (12), o MEC anunciou o fim das escolas cívico-militares.
Segundo o site O Antagonista, uma nota técnica do Ministério da Educação (MEC) referente ao encerramento do modelo aponta que o montante destinado aos assessores e monitores escolares saltou de R$ 7 milhões em 2020 para R$ 64 milhões no ano passado. Para o ano de 2023, o MEC planeja gastar R$ 86,5 milhões para a manutenção do programa. Ao todo, 120 escolas em todo o país adotaram esse modelo.
No sistema das escolas cívico-militares, as secretarias de educação são responsáveis pelos currículos escolares, enquanto as Forças Armadas têm a tarefa de aplicar o conteúdo didático por meio de assessores e monitores. De acordo com o ministério, o alto custo dos monitores foi uma das justificativas para o fim dessas escolas. A outra é que essas instituições fomentavam um modelo elitista, o qual não era viável para as demais escolas exclusivamente civis.
Em relação aos gastos, uma questão levantada pelo MEC refere-se à remuneração dos militares da reserva que participavam do programa. Conforme informado pelo ministério, um coronel recebia uma gratificação de R$ 9,1 mil para atuar como assessor nas escolas, enquanto um major recebia R$ 8 mil.
Ainda segundo a reportagem, um trecho da nota técnica da pasta ressalta que “no caso de um oficial de graduação superior, a remuneração média mensal empenhada a título de gratificação para exercer atividades gira em torno de R$ 8.000,00. Pouquíssimos diretores das escolas nas quais eles atuam recebem salário nesse patamar".
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