Gaspari destaca vitória do “Dr. SUS” contra criminalistas milionários

A vitória de Haman Córdova, defensor público, no STF, continua humilhando advogados que cobram milhões

Gaspari destaca vitória do “Dr. SUS” contra criminalistas milionários
Gaspari destaca vitória do “Dr. SUS” contra criminalistas milionários (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)


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247 – Na sua coluna deste domingo, o jornalista Elio Gasparia também destaca a vitória de Haman Córdova, um defensor público, pago pela União, que foi o único a ter êxito, até agora, no julgamento da Ação Penal 470. Leia:

DR. SUS

Os 38 réus do mensalão têm em sua bancada de defesa cerca de 150 advogados. Casos semelhantes custam aos clientes quantias que podem chegar a vários milhões de reais, com todas as despesas pagas.

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Só um réu, o doleiro Carlos Alberto Quaglia, entregou seu caso a um defensor público, Haman Córdova, 37 anos, R$ 16,6 mil mensais pagos pela Viúva. Foi o único que conseguiu ser excluído do julgamento no STF.

Deu-se o caso em que fez melhor quem foi buscar assistência jurídica no SUS.

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Ele também aborda o tema das cotas nas universidades públicas e diz que a demofobia foi derrotada, mas sugere cautela para que se evitem injustiças. Leia:

Passada uma década de debate, a demofobia mobilizada contra a instituição de cotas nas universidades públicas foi derrotada. Primeiro no Supremo Tribunal Federal, que, por unanimidade, julgou-as constitucionais. Recentemente, pelo Senado, que ampliou a política de cotas com apenas uma voz contra.

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Enquanto durou o debate, as cotas eram apresentadas como prenúncio do fim do mundo. As pesquisas indicam que os cotistas tiveram desempenhos iguais ou até superiores aos dos demais.

A expansão da política de cotas poderia abrir um debate: qual a distância razoável entre a nota do aluno beneficiado e a daquele que perderá a vaga que ganharia pelo seu desempenho no vestibular. É bom que se diga: na sua essência, as cotas dão a um estudante que tirou nota mais baixa o lugar que iria para outro, que teve nota melhor. Alguma diferença tem que haver, senão a política seria inócua.

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Há poucas pesquisas acerca desse tema. De uma maneira geral, acredita-se que a maior distância entre a nota do não cotista barrado e a do cotista beneficiado chega a ser 1,5 ponto ou 2 pontos. Pode acontecer que um estudante tirou oito e perdeu a vaga para outro que tirou seis.

Quem acha que as cotas não devem existir pode permanecer nessa posição, mesmo sabendo que elas vieram para ficar. Quem é a favor, pode se perguntar qual é a diferença razoável. Já houve caso em que ela foi de 3,4 pontos. É razoável que alguém que tirou 7,5 perca a vaga para quem tirou 4,1?

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Partindo-se da premissa segundo a qual o objetivo das cotas é colocar nas universidades da Viúva alunos de escolas públicas, afrodescendentes e índios, dispensa-se o renascimento da demofobia, disfarçada na defesa de uma diferença que, ao final, barre aqueles a quem se pretende beneficiar. Com números na mesa, esse debate poderá evitar que uma política que busca a justiça social produza injustiças absurdas.

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