Fundo partidário paga contas e compra até avião
As verbas originárias do fundo partidário são a maior fonte de receita dos partidos políticos no Brasil. Dos 32 partidos em atividade no país, 17 deles tem o fundo partidário como responsável pelo custeio de até 90% das suas despesas; dos mais de R$ 500 milhões movimentados pelas legendas em 2013, 66% tiveram origem nos cofres públicos; prestação de contas aponta que gastos vão desde locação de imóveis até a compra de carros e aviões
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247 - As verbas originárias do fundo partidário são a maior fonte de receita dos partidos políticos no Brasil. Dos 32 partidos em atividade no país, 17 deles tem o fundo partidário como responsável pelo custeio de até 90% das suas despesas. Dos mais de R$ 500 milhões movimentados pelas legendas em 2013, 66% tiveram origem nos cofres públicos. Prestação de contas aponta que gastos vão desde locação de imóveis até a compra de carros e aviões.
Um levantamento feito pelo jornal O Globo aponta que os gastos variam conforme os interesses de cada agremiação. O PROS, por exemplo, partido criado em setembro de 2013 recebeu R$ 595 mil do fundo partidário no ano passado. Parte da verba foi utilizada para adquirir um avião bimotor com capacidade para cinco passageiros. A aeronave, modelo EM-810D, fabricado pela Neiva teria sido comprada em dezembro de 2014.
O PROS confirma a informação e diz ter pago R$ 400 mil pela aeronave que está em processo de desalienação. "O motivo da aquisição se deve ao fato de alguns municípios brasileiros não possuírem voos comerciais. Com isso, a aeronave possibilita que membros do partido cheguem a esses municípios com maior rapidez. O valor de aquisição foi de R$ 400 mil, parcelados direto com o vendedor", disse o partido por meio de nota.
Já o PRP, que recebeu R$ 1,6 milhão do fundo partidário, adquiriu m carro de luxo, um Fiat Freemont, com capacidade para transportar até sete passageiros. Segundo a legenda, o veículo foi adquirido de forma parcelada e está sendo empregado em viagens de membros da direção entre os escritórios do partido localizados em São Paulo e Brasília.
Os gastos com viagens são uma das maiores fontes de gastos dos partidos. Em 2013, esta rubrica chegou a R$ 26,3 milhões. Naquela ano, o PT gastou R$ 7 milhões com viagens. Já o PSDB destinou R$ 3,9 milhões (sendo R$ 1,9 milhão com o aluguel de aeronaves) para esta finalidade e o PSB R$ 2,1 milhões. O PSB também teria gasto R$ 3 milhões em locação, sendo que R$ 2,6 milhões foram utilizados no aluguel de bens móveis.
Já o DEM informou em suas prestações de contas ter gasto R$ 2,5 milhões em serviços técnicos e profissionais. Deste total, R$ 1 milhão foi utilizado para o pagamento de serviços de assessoria e imprensa, valor semelhante ao gasto pelo PMDB com a mesma rubrica (R$ 938 mil).
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