Foto de conversa entre Duran e aliado de Moro pode provar esquema de venda de sentenças na Lava Jato
Tacla Duran teria sido forçado a pagar propina para não ser preso e multado
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247 - Após divulgar no domingo (26) o documento de transferência bancária do advogado Tacla Duran para a conta de Marlus Arns, que foi parceiro de Rosângela Moro em outras ações judiciais, o influencer Thiago dos Reis divulgou nesta segunda-feira (27) uma imagem da troca de mensagens entre Duran e o advogado Carlos Zucolotto Júnior, ex-sócio de Rosângela.
A imagem reforça as suspeitas de que o ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-PR), hoje senador, e a Lava Jato vendiam sentenças.
Tacla Duran, que foi advogado da Odebrecht, foi preso preventivamente na Lava Jato em 2016. Seis meses antes, ele tinha sido procurado por Zucolotto, que era à época sócio da esposa de Moro. Em conversa pelo aplicativo Wickr Me, Zucolotto ofereceu acordo de colaboração premiada, que seria fechado com a concordância de "DD" (iniciais do ex-procurador da República Deltan Dallagnol). Em troca, queria US$ 5 milhões de dólares. Zucolotto disse que os pagamentos deveriam ser feitos "por fora".
>>> Tacla Duran pode provar hoje que Moro e Lava Jato vendiam sentenças
Na conversa divulgada nesta segunda-feira por Thiago dos Reis, Zucolotto cobra um pagamento de Duran para converter sua prisão em domiciliar e reduzir um terço da multa que teria que pagar.
"Foto tirada do celular de Tacla Duran mostra a extorsão feita pelo padrinho de casamento de Moro. Para evitar ser preso (regime fechado) e ser multado em US$ 15 milhões, ele teria de pagar 1/3 (R$ 5 milhões) a um advogado, cujo escritório fica no mesmo endereço do escritório de Rosângela Moro.Ele pagou a primeira parte da propina e fugiu para a Espanha. Tic Tac, é hoje!", afirmou Reis.
Duran presta nesta segunda-feira depoimento ao juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.
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