Fogo em Rondônia

Operrios incendeiam canteiro de obras da usina de Jirau, tocada pela Camargo Corra, a empreiteira da Operao Castelo de Areia



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247 – O clima segue muito tenso no canteiro de obras na Usina de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. Na tarde desta sexta-feira, um incêndio destruiu os alojamentos da Enesa Engenharia S.A., concessionária da hidrelétrica, provocando o adiamento da retomada das obras, que estava previsto para a próxima terça-feira. Foi uma repetição dos incidentes registrados na terça e na quinta-feira, quando operários da Camargo Corrêa, responsável pela execução do projeto, e de outras empreiteiras, incendiaram alojamentos, instalações, ônibus e automóveis no canteiro, revoltados com as condições de segurança e arrogância de seus superiores imediatos.

"Os funcionários afirmaram que só retornariam aos trabalhos quando existissem condições de segurança", afirmou o presidente da concessionária, Victor Paranhos. De acordo com o executivo, cerca de 600 funcionários haviam sidos mobilizados para reiniciar as obras de desvio do Rio Madeira. Após o incidente, no entanto, os trabalhadores decidiram abandonar o local por questões de segurança. Os novos atos de vandalismo aconteceram mesmo depois de a Força Nacional, a Polícia Federal e a Polícia Militar de Rondônia já estarem presentes para garantir a ordem e a segurança.

Em Porto Velho, também sobram preocupações. Afinal, foi para lá que seguiram cerca de 10 mil funcionários do canteiro de obras de Jirau, os quais se encontram desabrigados. Sem ter para onde ir, eles estão espalhados pelas ruas da cidade, de 426 mil habitantes, causando preocupação à Secretaria de Segurança de Rondônia.

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Os entreveros envolvendo os trabalhadores e a Camargo Corrêa, que coleciona problemas nas esferas trabalhista e policial (é a protagonista da Operação Castelo de Areia), deixaram a população local temerosa de que a violência se estenda às ruas de Porto Velho. Isso apesar da chegada à região de homens da Força Nacional, na quinta-feira, por determinação do Ministério da Justiça. “O clima está tenso mesmo após a chegada da Força Nacional, com esses funcionários perambulando pelas ruas da cidade. Isso pode representar um risco para a população, ainda que os problemas tenham sido causados por uma minoria”, disse Santiago Roa Junior, assessor da Secretaria de Segurança. “A Camargo Corrêa tem de ver o que vai fazer, e dar destino a essas pessoas. Eles nos garantiram que até domingo vão despachar boa parte desses funcionários para suas cidades de origem.”

Não houve ainda registro de conflitos na cidade. Até a manhã de quinta-feira, 31 pessoas já haviam sido presas, 12 em flagrante delito, segundo a Secretaria de Segurança Pública. “Pedimos o reforço de 600 policiais [à Força Nacional]. Ontem [quinta-feira] chegaram 90, e a previsão é de que amanhã cheguem mais 150”, informou Roa Junior.

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Os incidentes em Jirau repercutiram no canteiro da outra grande hidrelétrica em construção em Rondônia. As obras da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, foram paralisadas nesta sexta-feira. Segundo o consórcio responsável pela execução do projeto, a paralisação é preventiva e a visa a garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores. “As atividades serão retomadas assim que houver a normalização do ambiente na região”, diz o comunicado do Consórcio Construtor Santo Antônio, responsável pela obra e liderado pela Construtora Norberto Odebrecht.

 

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