Final da Copa terá 30 manifestações no país

Entre os temas que servirão de pauta para as manifestações previstas para este domingo (30) estão direitos humanos, justiça e criminalização; mídia e comunicação; participação popular e reforma política; transformações estruturais e serviços públicos; e gastos com a Copa do Mundo; ato será às 14h, para minimizar vandalismo; no Rio, está marcado para mais cedo: às 10h

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247 - Estão agendadas para ocorrer no início da tarde deste domingo em 30 cidades do país manifestações contra a realização da Copa no Brasil. No Rio de Janeiro, que sediará a final, o destino do ato será o Maracanã. Este será o último ato de protesto durante a Copa das Confederações, já que a final do torneio, entre Brasil e Espanha, ocorre às 19h.

Os integrantes do Comitê Popular da Copa, Gustavo Mehl, Gisele Tanaka, Marcelo Edmundo e Renato Cosentino, dizem que principais reivindicações do ato são: cancelar o processo de privatização do Maracanã e a destruição dos entornos do estádio, devolver aos índios a Aldeia Maracanã, no antigo prédio do Museu do Índio, e cessar as remoções em nome de megaeventos no Rio de Janeiro. O grupo, que começará a concentração às 10h na praça Saenz-Peña, seguirá para o Maracanã ao meio dia para se reunir com outros manifestantes que estarão nos arredores do estádio. 

Em Brasília, com a adesão de pelo menos seis movimentos, jovens realizarão ato que terá como destino o Estádio Nacional Mané Garrincha, onde eles pretendem ficar até o início da noite. Entre os temas que servirão de pauta para a manifestação estão direitos humanos, justiça e criminalização; mídia e comunicação; participação popular e reforma política; transformações estruturais e serviços públicos; e gastos com a Copa do Mundo. Os manifestantes se concentrarão na Rodoviária do Plano Piloto a partir das 14h. A previsão é que subam o Eixo Monumental, uma das principais avenidas da capital federal, até o estacionamento do estádio. 

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Um dos organizadores da Marcha do Vinagre, o estudante Jonatas Leroy, 19 anos, disse que o horário da marcha foi antecipado para evitar atos de vandalismo. “Em Brasília, os baderneiros têm agido depois que escurece. Por isso, decidimos mudar o horário para que não haja incidentes”, declarou. Ele ressaltou que os arruaceiros não estão vinculados ao protesto e representam uma minoria.

Membro do Comitê Popular da Copa, movimento que critica os gastos públicos nas copas das Confederações e do Mundo, o consultor Thiago Ávila, 27 anos, também critica os baderneiros. Ele, no entanto, diz que a repressão da polícia, que classifica de exagerada, estimula reações violentas. “Não compactuamos com a criminalidade, mas existe o vandalismo do Estado contra a população. Dá para entender o que faz uma pessoa perder a cabeça ao ser violentada não apenas pelos policiais, mas pelo Poder Público em todos os direitos básicos”, declara.

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Ávila cita o protesto no jogo de abertura da Copa das Confederações. De acordo com ele, a polícia reagiu de forma desproporcional contra os manifestantes, que estavam sentados. Sobre a manifestação de amanhã, ele diz que o Comitê Popular da Copa tentou alugar um carro de som para orientar os manifestantes e coordenar o trajeto. No entanto, segundo ele, a Polícia Militar rejeitou o pedido.

Sobre a queda no número de manifestantes, Jonatas Leroy, da Marcha do Vinagre, disse que a passeata pretende reunir diversos movimentos sociais e de jovens para aumentar ou pelo menos impedir a diminuição do total de participantes. Na manifestação do dia 19, que terminou na depredação do Itamaraty e da Catedral de Brasília, 35 mil pessoas estiveram presentes. O protesto da última quarta-feira (26), também na Esplanada dos Ministérios, reuniu 5 mil participantes.

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De acordo com Jonatas, além da Marcha do Vinagre e do Comitê Popular da Copa, outros movimentos participação do protesto, como Marcha contra a Corrupção, Dia do Basta e Marcha das Vadias, além de defensores dos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT). “Vários movimentos estão se unindo para formar uma massa e manter a participação popular”, ressalta.

Com informações da Agência Brasil e Rede Brasil Atual

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