Fim da greve na Volkswagen do Paraná
Trabalhadores conquistam R$ 11,5 mil de participao nos lucros, depois da mais longa paralisao j ocorrida no Estado
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A greve dos trabalhadores da fábrica da Volkswagen de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), foi encerrada na tarde desta sexta-feira (10) após 37 dias de paralisação. O acordo entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) contemplou o pagamento de R$ 11,5 mil de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) até 2012, com uma primeira parcela de R$ 5.200 a ser paga na próxima semana. A segunda parcela, de R$ 6.300, fica para janeiro de 2012 e depende de serem atingidas metas de produção.
Também foi acertada a antecipação da data-base de setembro para agosto, com a garantia de aumento real de 2,5% mais o INPC acumulado, e o pagamento de um abono salarial de R$ 4.200. Ainda serão concedidos reajustes salariais, conforme a faixa de ganho. Os aumentos variam de 2,5% a 5%. Quem ganha mais recebe aumento menor. Quem ganha menos tem reajuste maior. O prazo de pagamento desses reajustes também vai variar conforme a faixa salarial.
Os trabalhadores reivindicavam pagamento de PLR de R$ 12 mil, com uma primeira parcela mínima no valor de R$ 6.000. A empresa oferecia R$ 5.200 como parcela inicial, o que acabou sendo a proposta vencedora. Os trabalhadores vão ter os dias parados descontados de seus salários. Mas esse desconto será bem parcelado: dois dias de desconto por mês. O desconto total dos 37 dias demorará 19 meses. Esta foi a maior greve no setor automotivo da história do Paraná.
Essa fábrica do Paraná é responsável pela produção, entre outros, do modelo Fox. A paralisação já estava causando dificuldades de encontrar o carro em lojas. Além da linha Fox, que inclui o CrossFox e o Fox Europeu, a unidade de São José dos Pinhais também produz o Golf, que em breve passará a ser feito no México. Segundo o sindicato, a fábrica deixou de produzir 22 mil veículos durante a greve e acumulou perdas estimadas em R$ 1,1 bilhão. A empresa não divulgou dados a respeito. A empresa tem 3.600 trabalhadores no total -3.100 operários e 500 do setor administrativo. Só estavam em greve os operários.
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