Família de Marcelo Dino acusa hospital de omitir socorro

Tio do menino, que morreu de parada respiratria, o procurador Nicolau Dino acusa o Hospital Santa Lcia de ter demorado a socorrer o filho do presidente da Embratur, Flvio Dino; diretor-jurdico da unidade de sade nega negligncia

Família de Marcelo Dino acusa hospital de omitir socorro
Família de Marcelo Dino acusa hospital de omitir socorro (Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr - 09.07.2007; página de relacionamento da internet e Divulgação/Santa Lúcia)


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Naira Trindade – Brasília247 – O procurador da República Nicolau Dino, tio de Marcelo, 13 anos, que é filho do presidente da Embratur, Flávio Dino, afirmou ao delegado-adjunto da 1 ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Anderson Espíndola, que houve demora no atendimento do sobrinho. Marcelo Dino Fonsêca de Castro e Costa morreu na terça-feira (14) de parada respiratória na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Lúcia. Mas o diretor-jurídico unidade de saúde, Gustavo Marinho, considera “impossível” a demora no atendimento porque “havia uma médica de prontidão na UTI”.

Filho caçula do presidente da Embratur, Marcelo Dino chegou ao Santa Lúcia, por volta das 12h de segunda-feira (13), inconsciente e com uma crise asmática que começou após fazer exercícios físicos na escola. Em estado grave, o garoto foi levado direto para uma Unidade de Terapia Intensiva, onde permaneceu até a manhã de hoje. Durante a noite, segundo o diretor-jurídico do Santa Lúcia, a equipe médica conseguiu estabilizar o estado de saúde de Marcelo. “Ele estava reagindo bem aos medicamentos, que eram os mesmos que os pais dele alegaram que ele tomava em casa”, contou Marinho.

Às 5h30 desta terça-feira, Marcelo Dino voltou a ter uma crise asmática. Segundo o delegado Anderson Espíndola, o procurador Nicolau Dino relatou ao registrar boletim de ocorrência que o estado de saúde do menino se agravou após ter recebido um medicamento. Segundo o delegado, a médica da UTI contou informalmente que Marcelo Dino recebeu uma dose de Solu-cortef, remédio injetável para o controle de asma brônquica. Os frascos dos medicamentos aplicados no garoto foram recolhidos e encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) para serem examinados.

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O tio de Marcelo Dino, o procurador Nicolau Dino, teria contado ao delegado que após iniciada a crise asmática – entre 5h30 e 6h –, o menino ficou 15 minutos esperando atendimento médico. A mãe de Marcelo, Adriana Fonsêca, teria acompanhado todo o sofrimento do filho à espera de socorro. Apesar da afirmação, Gustavo Marinho nega que exista alguma possibilidade de Marcelo ter ficado sem atendimento.

“Há um médico de plantão ininterrupto na Unidade de Terapia Intensiva e, no momento da crise, uma médica fazia o atendimento. Logo que ela percebeu a gravidade do menino, pediu à enfermeira que chamasse outro médico”, disse Marinho. Ele afirma que o menino foi entubado com balões de oxigênio ainda com vida. A polícia investiga se houve negligência no atendimento (devido à denúncia de demora) e se o medicamento adotado era o indicado para o tratamento.

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Na certidão de óbito do Hospital Santa Lúcia, a causa da morte de Marcelo ainda está “a esclarecer”. Segundo Marinho, o laudo IML, que deve ser concluído em 30 dias, vai mostrar a real causa do óbito. O diretor diz ainda o laudo pode mostrar caso houvesse alguma doença crônica que pudesse ter agravado a situação do paciente. Para Marinho, o registro da ocorrência policial é um procedimento natural para a retirada do corpo, que precisava ser levado ao Instituto de Medicina Legal.

O delegado Anderson Espíndola vai esperar a próxima semana para ouvir os familiares por causa do estado emocional. Ele vai convocar também para depoimento a médica que prestou atendimento durante a crise asmática de Marcelo e os médicos e enfermeiros que fizeram monitoramento dele durante a noite. O delegado enfatizou que não descarta a hipótese de omissão de socorro. “É preciso saber se a medicação contribuiu para a morte, se a dose ministrada estava correta e investigar se realmente houve demora no socorro”, alegou Anderson Espíndola.

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Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios estiveram no Hospital Santa Lúcia nesta terça-feira (14) para apurar o caso.

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