Exército entra em confronto com PMs grevistas
Balas de borracha disparadas pelos militares feriram ao menos cinco pessoas quando manifestantes que esto de fora do prdio da Assembleia Legislativa de Salvador tentaram entrar. Mulheres e crianas deixaram o local mais cedo
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247 - Em Salvador, houve quatro confrontos entre o Exército e PMs quando manifestantes que estão de fora do prédio da Assembleia tentaram entrar.
Entre rasantes de helicópteros, bombas de efeito moral foram detonadas e gás de pimenta foi lançado contra a multidão. Balas de borracha disparadas pelos militares feriram ao menos cinco pessoas, mas sem gravidade.
Cerca de 1.070 homens do Exército, da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal, além de PMs que não aderiram à greve, estão mobilizados para a operação.
O Comando de Operações Táticas da PF é o encarregado de cumprir o mandado de prisão contra o líder dos grevistas, o ex-PM Marco Prisco.
Dentro da Assembleia, há cerca de 300 grevistas. Do lado de fora, grades de ferro foram instaladas pelo Exército. Cordões de isolamento formados por homens com metralhadoras e fuzis impediam a aproximação de todos.
"Não queremos que seja uma nova Canudos", disse a dona de casa Arlete Meireles, mãe de um PM amotinado.
Um policial militar em greve, em companhia da mulher e de três filhos, deixou a Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, onde estão reunidos cerca de 300 grevistas, além do líder da paralisação, Marco Prisco.
Os cinco deixaram o prédio do Legislativo por volta da 20h40, de forma espontânea. Ao ultrapassar a barreira montada pelo Exército, que cercou o prédio desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira, eles foram levados a uma barraca de campanha. Lá foram examinados por médicos. Depois, tomaram lanche. Em seguida, ao serem liberados, entraram num carro que estava estacionado nas proximidades e foram embora.
Depois do primeiro casal, mais três mulheres e cinco crianças -uma delas de colo- também deixaram a Assembleia, que está sem energia elétrica desde a noite de domingo.
Trata-se da pior crise enfrentada pelo governador baiano, Jaques Wagner (PT). O petista pediu à presidente Dilma Rousseff que tropas federais assumissem o controle do policiamento na capital para evitar a violência nas ruas, agravada pela falta de policiamento ostensivo.
No interior e na região metropolitana, a violência se espalha: ontem, um bando retirou crianças de um ônibus escolar e incendiou o veículo na vizinha Lauro de Freitas.
A crise paralisou os Poderes do Estado. Servidores do governo, do Tribunal de Justiça e do Ministério Público foram retirados dos prédios onde trabalham, pois eles ficam ao lado da Assembleia.(Com Folhae AE)
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