Ex-presidente da Telebras pode estar por detrás de fogo amigo

Denncias contra ministra Gleisi so inconsistentes e partem de uma ala estatizante do PT, liderada por Rogrio Santanna, inconformado com sua demisso pelo ministro das Comunicaes, Paulo Bernardo



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247 – Partidos políticos, em especial de esquerda, costumam ser fratricidas. Mas em nenhum deles o chamado fogo amigo é tão acentuado quanto no PT. O caso Palocci, por exemplo, foi fruto mais de disputas internas no partido do que de qualquer pressão da oposição, hoje tão perdida e sem rumo. E sua substituta na Casa Civil, a senadora paranaense Gleisi Hoffmann, mal sentou na cadeira é já sentiu o calor das primeiras labaredas. A sorte de Gleisi é que, ao contrário de Palocci, as “denúncias” chegam a ser risíveis de tão inconsistentes.

Nesta semana, o prato que foi servido a alguns jornalistas investigativos, logo depois da escolha de Gleisi, diz respeito às suas contas de campanha, na eleição para o Senado em 2010. A nova ministra, eleita pelo Paraná, arrecadou cerca de R$ 8 milhões, dos quais R$ 150 mil provenientes da empresa Contax, de call-center, que pertence à Oi, a chamada “supertele” nacional. E como ela é casada com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, qual a ilação? O casal “faria o jogo” das operadoras de telecomunicações, em detrimento dos interesses nacionais. Além disso, como concessionárias de serviços públicos não podem doar recursos para campanhas políticas, a doação em si já seria uma irregularidade, alegam as fontes da nova “bomba” brasiliense. Mas o fato é que, a Contax não é nem nunca foi concessionária de serviço público.

O caso Contax, que começou a ser trabalhado por alguns veículos de comunicação, é também interessante porque deixa rastros quase evidentes. No início de junho, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, demitiu, a pedido da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, ligado ao PT gaúcho. Falastrão, Santanna logo se vitimizou. “O governo anunciou que vai fazer alguns ajustes na Telebrás e não tinha me falado nada. Hoje, descobri que o ajuste é a minha saída. Devo ter provocado alguma insatisfação em setores que não enxergam no Plano Nacional de Banda Larga um bom projeto”, disse ele, cutucando as grandes operadoras de telecomunicações.

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O fato é que o governo Dilma nunca quis utilizar a Telebrás, recriada em 2010, como um mastodonte estatal para competir com empresas privadas, mas sim como uma empresa capaz de formular políticas públicas e induzir a concorrência privada na direção correta. Pelas primeiras labaredas contra a ministra Gleisi, percebe-se que o modelo estatal ainda tem muitas viúvas.

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