Ex-delegado do Dops: Zuzu Angel foi morta pela ditadura

O ex-delegado do Departamento de Ordem e Política e Social (Dops) Cláudio Guerra afirmou nesta quarta-feira, 23, à Comissão Nacional da Verdade que a morte da estilista Zuzu Angel, em 1976, foi provocada por agentes da Ditadura Militar; segundo Guerra, o coronel do Exército Freddie Perdigão teria estado na cena do acidente de carro que vitimou a estilista; "Ele [Perdigão] narrava para mim que ele tinha planejado, obedecendo ordens, a simulação do acidente dela", afirmou Guerra; coordenador da Comissão da Verdade, Pedro Dallari, afirmou que "outros elementos" obtidos pelo órgão que indicam que o acidente da estilista foi planejado; "Até hoje as Forças Armadas insistem em negar que Zuzu Angel tenha sido vítima de um assassinato"

O ex-delegado do Departamento de Ordem e Política e Social (Dops) Cláudio Guerra afirmou nesta quarta-feira, 23, à Comissão Nacional da Verdade que a morte da estilista Zuzu Angel, em 1976, foi provocada por agentes da Ditadura Militar; segundo Guerra, o coronel do Exército Freddie Perdigão teria estado na cena do acidente de carro que vitimou a estilista; "Ele [Perdigão] narrava para mim que ele tinha planejado, obedecendo ordens, a simulação do acidente dela", afirmou Guerra; coordenador da Comissão da Verdade, Pedro Dallari, afirmou que "outros elementos" obtidos pelo órgão que indicam que o acidente da estilista foi planejado; "Até hoje as Forças Armadas insistem em negar que Zuzu Angel tenha sido vítima de um assassinato"
O ex-delegado do Departamento de Ordem e Política e Social (Dops) Cláudio Guerra afirmou nesta quarta-feira, 23, à Comissão Nacional da Verdade que a morte da estilista Zuzu Angel, em 1976, foi provocada por agentes da Ditadura Militar; segundo Guerra, o coronel do Exército Freddie Perdigão teria estado na cena do acidente de carro que vitimou a estilista; "Ele [Perdigão] narrava para mim que ele tinha planejado, obedecendo ordens, a simulação do acidente dela", afirmou Guerra; coordenador da Comissão da Verdade, Pedro Dallari, afirmou que "outros elementos" obtidos pelo órgão que indicam que o acidente da estilista foi planejado; "Até hoje as Forças Armadas insistem em negar que Zuzu Angel tenha sido vítima de um assassinato" (Foto: Aquiles Lins)


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247 - O ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) Cláudio Guerra afirmou nesta quarta-feira, 23, à Comissão Nacional da Verdade que a morte da estilista Zuzu Angel, em 1976, foi provocada por agentes da Ditadura Militar. Segundo Guerra, o coronel do Exército Freddie Perdigão teria estado na cena do acidente de carro que vitimou a estilista.

"Ele [Perdigão] narrava para mim que ele tinha planejado, obedecendo ordens, a simulação do acidente dela, e que estava muito preocupado porque havia sido fotografado, ele achava que era a perícia que tinha fotografado ele sem querer", afirmou Cláudio Guerra, no depoimento. O ex-agente da ditadura apresentou à comissão uma foto, supostamente de Perdigão no local, porém a foto estava recortada só para a figura dele e distorcida por ter sido ampliada, impedindo a identificação exata do cenário. A imagem maior deve ser entregue posteriormente à CNV.

O coordenador da Comissão da Verdade, Pedro Dallari, afirmou que essas informações se acrescentam a "outros elementos" obtidos pelo órgão que indicam que o acidente da estilista foi planejado. "Temos outros elementos que nos permitem ir convergindo para essa conclusão do assassinato da Zuzu Angel. Você não forma convicção a partir de um único elemento, é um indício, mas há alguns outros elementos que estamos pesquisando. Vai nessa direção e faz todo sentido", disse Dallari. "Até hoje as Forças Armadas insistem em negar que Zuzu Angel tenha sido vítima de um assassinato", afirmou.

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Zuzu Angel era mãe de Stuart Angel, militante do grupo guerrilheiro MR-8, que foi preso em 14 de maio de 1971 e até hoje desaparecido. Com seu desaparecimento, Zuzu Angel fez uma mobilização nacional e internacional em busca do filho, tornando-se uma figura incômoda ao regime militar.

O coronel Feddie Perdigão, morto em 1997, é apontado como torturador da Casa da Morte de Petrópolis. Guerra afirmou que Perdigão lhe entregava corpos para serem incinerados em uma usina em Campos dos Goytacazes (norte do Rio de Janeiro), para que não fossem mais encontrados. No depoimento, Guerra relatou 13 casos de pessoas incineradas por ele, por ordens do regime militar.

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