'EUA usam merenda escolar para retaliar o Brasil'

Tese é de Fernando Brito, editor do Tijolaço; para ele, cobrança da presidente Dilma Rousseff na ONU pode estar por trás de queixa à OMC – dirigida pelo brasileiro Roberto Azevêdo; americanos questionaram “os programas sociais e de ajuda alimentar a famílias pobres no Brasil, sob a suspeita de que sejam mecanismos de subsidiar de forma indireta a agricultura e produtores rurais, violando regras internacionais”

Tese é de Fernando Brito, editor do Tijolaço; para ele, cobrança da presidente Dilma Rousseff na ONU pode estar por trás de queixa à OMC – dirigida pelo brasileiro Roberto Azevêdo; americanos questionaram “os programas sociais e de ajuda alimentar a famílias pobres no Brasil, sob a suspeita de que sejam mecanismos de subsidiar de forma indireta a agricultura e produtores rurais, violando regras internacionais”
Tese é de Fernando Brito, editor do Tijolaço; para ele, cobrança da presidente Dilma Rousseff na ONU pode estar por trás de queixa à OMC – dirigida pelo brasileiro Roberto Azevêdo; americanos questionaram “os programas sociais e de ajuda alimentar a famílias pobres no Brasil, sob a suspeita de que sejam mecanismos de subsidiar de forma indireta a agricultura e produtores rurais, violando regras internacionais” (Foto: Roberta Namour)


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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

Retaliação dos EUA ao Brasil usando a merenda escolar?

Tomara que não seja, mas tem pinta de retaliação. Se é, os Estados Unidos encontraram uma forma, além de ridícula, perversa e desumana de retaliar a cobrança feita por Dilma Rousseff na ONU sobre o escândalo de espionagem feita pelo governo americano no Brasil (e no mundo inteiro, aliás).

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Ontem, o governo americano, segundo noticia o Estadão, foi apresentar queixa à Organização Mundial do Comércio – dirigida pelo brasileiro Roberto Azevêdo, eleito contra o candidato dos EUA – para questionar “os programas sociais e de ajuda alimentar a famílias pobres no Brasil, sob a suspeita de que sejam estratégias e mecanismos de subsidiar de forma indireta a agricultura e produtores rurais, violando regras internacionais”.

O motivo é risível: o governo brasileiro repassa recursos para que governos estaduais e municipais comprem alimentos produzidos por agricultores familiares para a merenda escolar.

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É tão inacreditável que prefiro transcrever o que diz o Estadão, para que ninguém ache que é invenção ou delírio meu:

“A cobrança de Washington é direcionada ao programa expandido no Brasil em 2009, quando a merenda escolar passa a utilizar um volume maior da agricultura familiar. Por lei, governos municipais e estaduais são obrigados a usar no mínimo 30% dos recursos repassados pelo governo federal para alimentação escolar para comprar produtos da agricultura familiar.

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Na época, o Ministério do Desenvolvimento Agrário disse que a lei da merenda escolar abriu mercado a produtos com dificuldades de comercialização. Cerca de R$ 3 bilhões já foram usados para atender a 44 milhões de crianças na rede pública. A suspeita, porém, é de que essa seria uma forma indireta de apoio ao produtor agrícola.”

A história é estranhíssima e aparentemente sem pé nem cabeça. Os produtos da agricultura familiar não competem no “agribusiness” internacional.

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Mexer na merenda das crianças e no apoio aos lavradores pobres ou remediados deste país é apelar para algo inimaginável.

Se isso é para evitar que o Brasil compita com o milho americano no mercado chinês já é absurdo.

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Se é retaliação política em cima de uma questão tão séria como a merenda escolar é nojento e abominável.

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