"Esquerda quer permanecer em 2026 sem concorrente", diz Bolsonaro sobre julgamento no TSE

A corte eleitoral suspendeu o julgamento quando o placar estava em 3 votos a 1 pela inelegibilidade de Bolsonaro

Ex-presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto Internacional de Brasília - 29/06/2023
Ex-presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto Internacional de Brasília - 29/06/2023


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BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta quinta-feira que considera o julgamento que enfrenta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um processo político, no qual a esquerda estaria buscando disputar a eleição de 2026 "sem concorrente" para reeleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "por aclamação".

"A esquerda quer permanecer em 2026 sem concorrente, W.O. aparentemente", disse Bolsonaro antes de o TSE iniciar o terceiro dia do julgamento, ao acrescentar que, "sem concorrente à altura, seria eleger o Lula por aclamação".

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As declarações de Bolsonaro, que disse que não iria acompanhar a sessão desta quinta do julgamento, ocorreram pouco antes de ele embarcar de Brasília em um voo para o Rio de Janeiro.

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O ex-presidente repetiu que não cometeu qualquer tipo de crime ao promover a reunião e pediu novamente um julgamento justo. Disse esperar que o ministro Nunes Marques, indicado por ele para o Supremo Tribunal Federal (STF) e que integra o TSE, julgue de forma isenta.

"Tenho certeza que ele vai ser isento e fará o que for possível para dizer que não cometi nenhum crime na reunião com embaixadores", afirmou. "É uma injustiça comigo, me aponte algo concreto que fiz contra a democracia, joguei dentro das quatro linhas."

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O TSE realizou nesta quinta o segundo dia do julgamento que pode retirar de Bolsonaro o direito de concorrer a cargos eletivos até 2030, em ação apresentada pelo PDT que alega abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pelo então presidente da República ter promovido, em julho de 2022, uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada para atacar o sistema eletrônico de votação.

A corte eleitoral suspendeu o julgamento quando o placar estava em 3 votos a 1 pela inelegibilidade de Bolsonaro. Nunes Marques ainda não votou. Até o momento, apenas o ministro Raul Araújo votou para absolver o ex-presidente.

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A análise do caso será retomada na sexta-feira com o voto da vice-presidente do TSE, Cármen Lúcia, que pode ser decisivo para formar maioria de 4 votos.

CABO ELEITORAL - Mais tarde, já no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que se estiver fora do jogo, será um bom cabo eleitoral para as próximas eleições.

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Mas ao ser questionado se eventualmente poderia apoiar a candidatura da mulher, Michelle, ou do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse apenas que haveria “bons nomes“ para a disputa.

“Enquanto vivo eu for quero colaborar com o meu país“, disse. “Se eu estiver fora do jogo político, vou ser talvez um bom cabo eleitoral e tem vários bons nomes por aí.“

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Bolsonaro disse ainda que segue temendo por sua vida e que esse risco aumenta quando se “torna um potencial decisor na política de seu país“.

Em Brasília, havia destacado seu desejo de disputar as eleições de 2026.

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