Escrituras e cofre de Aref Saab são apreendidos

Promotores e policiais encontraram na casa e no escritório do ex-diretor da prefeitura de SP novas certidões de imóveis. Com isso, o patrimônio dele pode superar os 118 imóveis já conhecidos

Escrituras e cofre de Aref Saab são apreendidos
Escrituras e cofre de Aref Saab são apreendidos (Foto: Folhapress)


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247 – Uma operação realizada pelo Ministério Público e a Polícia Civil apreendeu escrituras e um cofre lacrado na casa e no escritório de Hussain Aref Saab, afastado do cargo de diretor do setor de aprovação de empreendimentos imobiliários de São Paulo, pelo prefeito Gilberto Kassab. Ele é acusado de cobrar propina para a liberação de obras irregulares na cidade. Leia na matéria de Evandro Spinelli e Rogério Pagnan, da Folha:

O Ministério Público e a Polícia Civil realizaram ontem uma operação de busca e apreensão na casa e na empresa de Hussain Aref Saab, ex-diretor do setor de aprovação de empreendimentos imobiliários de São Paulo.

Foram encontradas, segundo a Folha apurou, certidões de imóveis que a Promotoria desconhecia.

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São várias propriedades, principalmente no interior do Estado. Os promotores investigarão se elas ainda pertencem a Aref e, com isso, se o patrimônio dele supera os 118 imóveis já conhecidos.

Conforme o "TV Folha" revelou em 13 de maio, 106 desses imóveis foram adquiridos nos sete anos em que Aref dirigiu o Aprov, departamento de aprovação de prédios de médio e grande porte.

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No escritório da SB4, empresa criada pelo ex-diretor para, segundo ele, gerenciar os imóveis, promotores e policiais fizeram cópia do disco rígido do computador.

Na casa de Aref foi aprendido um cofre lacrado. A abertura deve ser feita diante de Aref e de seus advogados nos próximos dias.

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A ordem de busca e apreensão foi concedida à Promotoria pelo juiz Davi Capelatto, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais).

PROPINAS

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A operação ocorreu no dia em que a Folha publicou reportagem com a ex-executiva Daniela Gonzalez.

Ela diz que a Brookfield pagou propina para Aref liberar shoppings irregulares. Na lista estão o Paulista e o Higienópolis. A Brookfield nega.

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Segundo Daniela, havia também pagamento de propina para o vereador Aurélio Miguel (PR). Ontem, o vereador reafirmou na Câmara que a acusação não procede.

Até agora, segundo os promotores, cinco testemunhas dizem que sabiam da cobrança de propina por Aref. Quatro delas falam do vereador.

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Segundo os promotores Silvio Marques, Yuri Castiglione e Beatriz Lopes de Oliveira, a investigação agora partirá para "patamares superiores" - cargos acima do de Aref.

Eles deram a informação quando foram questionados se Aref poderia fazer tudo sozinho no suposto esquema. Os promotores afirmaram não poder dar mais detalhes.

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A Promotoria abriu um inquérito criminal para saber se houve vazamento no Dipo sobre a operação de ontem. Segundo eles, advogados de Aref tinham informações sigilosas que só funcionários da Justiça deveriam ter.

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