Engevix: empresas pagam preço alto por extorsão

Empresário Cristiano Kok, presidente do conselho de administração da empreiteira Engevix, admite que pagou cerca de R$ 10 milhões em propina para o doleiro Alberto Youssef para "receber em dia pelas obras da Petrobras"; "Agora, será que alguma empresa poderia ter denunciado que estava sendo extorquida pelo Paulo Roberto [Costa, ex-diretor da Petrobras]? No mundo real não dá para fazer isso. Você sai do mercado, seu contrato é cancelado, vão comer teu fígado", afirma; ele diz ainda que "nunca pagou doação de campanha para ganhar contratos ou fazer obras": "é política de boa vizinhança"

Empresário Cristiano Kok, presidente do conselho de administração da empreiteira Engevix, admite que pagou cerca de R$ 10 milhões em propina para o doleiro Alberto Youssef para "receber em dia pelas obras da Petrobras"; "Agora, será que alguma empresa poderia ter denunciado que estava sendo extorquida pelo Paulo Roberto [Costa, ex-diretor da Petrobras]? No mundo real não dá para fazer isso. Você sai do mercado, seu contrato é cancelado, vão comer teu fígado", afirma; ele diz ainda que "nunca pagou doação de campanha para ganhar contratos ou fazer obras": "é política de boa vizinhança"
Empresário Cristiano Kok, presidente do conselho de administração da empreiteira Engevix, admite que pagou cerca de R$ 10 milhões em propina para o doleiro Alberto Youssef para "receber em dia pelas obras da Petrobras"; "Agora, será que alguma empresa poderia ter denunciado que estava sendo extorquida pelo Paulo Roberto [Costa, ex-diretor da Petrobras]? No mundo real não dá para fazer isso. Você sai do mercado, seu contrato é cancelado, vão comer teu fígado", afirma; ele diz ainda que "nunca pagou doação de campanha para ganhar contratos ou fazer obras": "é política de boa vizinhança" (Foto: Roberta Namour)


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247 – Sócio da Engevix, uma das empresas sob investigação na Lava Jato, o empresário Cristiano Kok admite ter pago R$ 10 milhões em propina para o doleiro Alberto Youssef. Segundo ele, valores foram repassados para “receber em dia” pelas obras obtidas via licitação, feitas para a Petrobras nas refinarias Abreu e Lima e de Cubatão.

‘A Petrobras foi vítima de má gestão. Os políticos aparelharam a Petrobras para arrancar dinheiro das empreiteiras para obter vantagens pessoais ou para seus partidos. Foi extorsão’, afirmou em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’. Ele diz não saber, no entanto, o destino das propinas pagas.

“Agora, será que alguma empresa poderia ter denunciado que estava sendo extorquida pelo Paulo Roberto [Costa, ex-diretor da Petrobras]? No mundo real não dá para fazer isso. Você sai do mercado, seu contrato é cancelado, vão comer teu fígado”, afirma. "Mas eu devo ser muito burro, porque paguei comissão e perdi dinheiro", acrescenta.

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Ele nega propina direta aos partidos políticos: “Nunca pagamos doação de campanha para ganhar contratos ou fazer obras”. Afirma ter doado legalmente R$ 3 milhões para a campanha da presidente Dilma Rousseff, a pedido do então tesoureiro Edinho Silva, como uma “política de boa vizinhança”.

E também afirma que o contrato da Engevix com a empresa do ex-ministro José Dirceu "nunca foi propina": "Dirceu foi contratado pelo relacionamento que tinha no Peru, em Cuba e na África".

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O Ministério Público cobra indenização de R$ 538 milhões da empresa por supostos delitos. Kok afirma que não pode arcar com a soma e conta que a Engevix deu entrada num processo de acordo de leniência (leia mais).

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