Empresário esquartejado fechava negócio de R$ 2,2 bilhões

Marcos Kitano Matsunaga participava da venda da Yoki para a gigante americana General Mills; mulher Elisa está presa sob suspeita de autoria do crime

Empresário esquartejado fechava negócio de R$ 2,2 bilhões
Empresário esquartejado fechava negócio de R$ 2,2 bilhões (Foto: Divulgação)


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247 – O empresário Marcos Kitano Matsunaga, cujo corpo foi encontrado esquartejado na noite da segunda-feira 4, estava envolvido diretamente num negócio de R$ 2,2 bilhões. A companhia Yoki, que ele dirigia ao lado do pai e do irmão, foi vendida para a gigante americana de alimentos General Mills. O pagamento deverá acontecer no segundo semestre, quando se inicia do ano fiscal nos Estados Unidos. Marcos participava dos acertos finais da negociação.

A mulher do empresário, Elise Matsunaga, foi presa pela polícia de São Paulo, sob acusação de ter sido a autora do crime. A suspeita é a de que Marcos tenha levado um tiro de pistola 7.65, antes de ter o corpo esquartejado. Uma briga teria começado dentro do apartamento em que o casal vivia, cujas paredes apresentam marcas de sangue. A polícia periciou o local. O empresário era colecionador de armas e pode ter sido alvejado com uma das peças de sua coleção. A polícia também trabalha com a hipótese de Elisa ter contado com ajuda de pelos menos dois homens para esquartejar o corpo do marido. Ele estava desaparecido desde o dia 20 de maio.

Abaixo, notícia do portal G1 sobre o assunto:

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A mulher do executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, cujas partes do corpo foram encontradas em região de mata de cidades da Grande São Paulo no dia 27, foi presa pela polícia após ter sua prisão temporária por cinco dias decretada, segundo o Bom Dia São Paulo. Elise Matsunaga passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) na madrugada desta terça-feira (5). Segundo a polícia, ela nega participação na morte do marido.

O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge Carrasco, disse na noite desta segunda (4) que a polícia está investigando a possibilidade de o executivo da Yoki, uma das maiores empresas do ramo alimentício do país, ter sido atingido por um tiro antes de ter sido morto e esquartejado.

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A polícia fez diligências na noite desta segunda-feira no apartamento do casal, na Zona Oeste da capital, onde utilizou luminol, um reagente químico, para localizar manchas de sangue.

No local, a polícia encontrou sacos da mesma cor dos que foram utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Segundo Carrasco, a vítima era colecionador de armas e algumas delas teriam sido entregues nesta segunda-feira à Guarda Civil Metropolitana para serem destruídas. Entre estas armas, estaria uma pistola 765, mesmo calibre da arma com a qual o executivo pode ter sido atingido antes de ser esquartejado, segundo o delegado. "Ela nega, mas há fortes indícios (contra ela)", disse o delegado.

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De acordo com o delegado, a família do executivo havia, inicialmente, registrado um boletim de ocorrência por desaparecimento no DHPP. O empresário foi considerado desaparecido no dia 20 de maio. Depois de as partes do corpo da vítima terem sido encontradas, a família fez o reconhecimento e o inquérito passou a ser de homicídio, segundo Carrasco.

Os policiais têm imagens de câmeras de segurança que mostram o executivo entrando em um prédio na capital paulista, mas não registram a saída dele - não foi divulgado qual é esse edifício para não atrapalhar as investigações. Imagens também registram a mulher da vítima deixando o prédio dias depois, carregando malas. A polícia já confirmou que o corpo ficou armazenado em um refrigerador antes de ter as partes espalhadas na mata.

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Segundo o delegado, ainda não é possível apontar quem são os executores do crime. Ao ser questionado sobre a possibilidade de envolvimento de policiais militares, ele negou. "Nem sei se ele tinha segurança e não sei se estes seguranças dele eram policiais militares. O que posso dizer é que estamos investigando todas as possibilidades. Uma delas é a de crime passional", afirmou.

Luiz Flávio D'Urso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, disse ao G1 que foi contratado pelo irmão e pelo pai do empresário morto e esquartejado para acompanhar o inquérito junto à Polícia Civil. "A partir do reconhecimento (da vítima), o pai e o irmão entraram em contato comigo para que acompanhasse todas as investigações. Eles estão abalados a tal ponto, justamente pela forma como se deu o crime, com o esquartejamento, por essa brutalidade fora do comum, que não sabem o que pensar. Eles querem apenas que a polícia trabalhe e que investigue todas as possibilidade", disse D'Urso. O advogado da família disse que as partes do corpo do executivo foram encontrados em uma mata na região de Cotia, na Grande São Paulo.

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A assessoria de imprensa da Polícia Militar, que também responde pela Corregedoria da corporação, informou em nota que "o caso citado é investigado pelo DHPP e encontra-se com sigilo para divulgação de informações, com fulcro em não prejudicar o andamento da apuração."

Yoki
No dia 24 de maio, a companhia norte-americana de alimentos General Mills confirmou a compra da Yoki, com o objetivo de expandir os negócios no Brasil. No entanto, os termos do acordo, que deve ser fechado no primeiro semestre do próximo ano fiscal, que começa em 28 de maio, não foram revelados. O valor do negócio pode chegar a R$ 2,2 bilhões.

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