Empreiteiro diz ter 'contribuição relevante' e pede para ser ouvido

O empreiteiro Gerson de Mello Almada, 64, vice-presidente da construtora Engevix, pediu nesta segunda (2) ao juiz federal de Curitiba (PR) Sergio Moro, responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato, que seja interrogado porque teria "contribuição relevante para a cognição dos fatos"; ele pediu que o juiz marque um interrogatório, mencionando que está preso "faz mais de cem dias"

O empreiteiro Gerson de Mello Almada, 64, vice-presidente da construtora Engevix, pediu nesta segunda (2) ao juiz federal de Curitiba (PR) Sergio Moro, responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato, que seja interrogado porque teria "contribuição relevante para a cognição dos fatos"; ele pediu que o juiz marque um interrogatório, mencionando que está preso "faz mais de cem dias"
O empreiteiro Gerson de Mello Almada, 64, vice-presidente da construtora Engevix, pediu nesta segunda (2) ao juiz federal de Curitiba (PR) Sergio Moro, responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato, que seja interrogado porque teria "contribuição relevante para a cognição dos fatos"; ele pediu que o juiz marque um interrogatório, mencionando que está preso "faz mais de cem dias" (Foto: Valter Lima)


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247 - O empreiteiro Gerson de Mello Almada, 64, vice-presidente da construtora Engevix, pediu nesta segunda-feira (2) ao juiz federal de Curitiba (PR) Sergio Moro, responsável pela condução dos processos da Operação Lava Jato, que seja interrogado porque teria "contribuição relevante para a cognição dos fatos".

Por meio de seus advogados, Almada pediu que o juiz marque um interrogatório, mencionando que está preso "faz mais de cem dias". O executivo está preso desde novembro passado na carceragem da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba junto a outros empreiteiros presos na sétima fase da Lava Jato, denominada Juízo Final.

Na petição, Almada não especificou que informações "relevantes" seriam as que estaria disposto a fornecer à Justiça Federal. O ofício também não trata de eventual delação premiada. Em petição assinada por seus advogados, ele afirmou que "compõe, tão só, o grupo de pessoas que pecaram por não resistirem à pressão realizada pelos porta-vozes de quem usou a Petrobras para obter vantagens indevidas para si e para outros bem mais importantes na República Federativa do Brasil".

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Na petição, Almada afirmou que a acusação escondeu fatos que pudessem embaraçar o poder central de Brasília.

"Vale registrar alguns fatos notórios, outros emergentes dos próprios autos do inquérito policial, que desapareceram da acusação: faz mais de doze anos que um partido político passou a ocupar o poder no Brasil. No plano de manutenção desse partido [PT] no governo, tornou-se necessário compor com políticos de outros partidos, o que significou distribuir cargos na Administração Pública, em especial, em empresas públicas e em sociedades de economia mista."

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Segundo o empreiteiro, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa exigia o pagamento dos recursos dos empresários em troca da manutenção dos contratos estatal do petróleo. "Sabidamente [Costa] passou a exigir percentuais de todos os empresários que atendiam a companhia. Leia-se, exigir. O que ele fazia era ameaçar, um a um, aos empresários, com o poder econômico da Petrobras. Prometia causar prejuízos no curso de contratos. Dizia que levaria à falência quem contrastasse seu poder, sinônimo da simbiose do poder econômico da mega empresa com o poder político do governo", disse.

 

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