Embratur aciona PF para investigar caso de estrangeiros que ensinavam a 'conquistar mulheres'
"O turismo para fins de exploração sexual fere nossas leis", diz a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), comandada por Marcelo Freixo
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247 - A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) emitiu uma nota de repúdio à iniciativa de dois norte-americanos que ofereceram na zona sul da cidade de São Paulo (SP) um "curso de conquista", sobre as principais dicas para homens atraírem mulheres. Quatro brasileiras afirmaram que não sabiam que fariam parte de uma aula prática de conquista. O custo foi a partir de US$ 12 mil (cerca de R$ 63 mil). Em troca, o cliente teriam consultoria de conquista e viagem de duas semanas para algum país. A Polícia Civil paulista investiga o caso.
"Não são bem-vindas em nosso país pessoas que desejam praticar crimes. O turismo para fins de exploração sexual fere nossas leis e quem o pratica será submetido à devida investigação, julgamento e punição", disse a nota da Embratur.
Além do Brasil, houve edições na Costa Rica, na América Central (em fevereiro de 2022), na Colômbia, na América do Sul (julho de 2022), e nas Filipinas, na Ásia (agosto de 2022). A próxima etapa será na Tailândia (também no continente asiático), em agosto. O pacote com seis países, chamado de World Tour, sai por US$ 50 mil (cerca de R$ 262,7 mil), informou o site do grupo.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, o caso é investigado como "favorecimento de prostituição" ou outra forma de "exploração sexual", que inclui agenciar, aliciar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher exploração sexual.
A Embratur disse que, "há décadas, o Brasil executa políticas intersetoriais para combater o turismo para fins de exploração sexual, com ações internas de assistência social, prevenção com educação e investigação criminal; e externas, na reconstrução da imagem do país no exterior e promoção de um turismo responsável". "Infelizmente, essa trajetória foi interrompida pelo governo passado, cujo então presidente deu infelizes declarações que estimularam a prática desses crimes", continuou.
"Turismo gera emprego, desenvolvimento e é essencial para a imagem do país no exterior. Em nossa gestão, recuperamos como valores centrais da Embratur o respeito aos direitos humanos e à democracia. Promovemos no exterior um Brasil que queremos ser, da sustentabilidade, que combate a pobreza e o racismo e valoriza a diversidade de seu povo. São muito bem-vindos os turistas estrangeiros que querem contribuir para a construção desse Brasil".
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