Em greve, professores rejeitam nova proposta
Governo ofereceu reajustes de 25% a 40%, mas docentes das instituições federais de ensino superior reclamam da falta de um plano de reestruturação de carreiras; paralisação que já dura mais de dois meses deve continuar
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Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os representantes das instituições federais de ensino continuam insatisfeitos com a oferta do governo, depois de mais uma rodada de negociação. A nova proposta de reajustes foi apresentada ontem (24) e inclui reajustes que variam de 25% a 40% e a antecipação da vigência do plano de reestruturação de carreiras.
Segundo a presidente da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, a oferta governamental não teve avanço. “É a mesma essência da proposta anterior, ou seja, não reestrutura a carreira”, reclamou.
A nova proposta será levada às assembleias nos estados. O parecer da categoria deve ser apresentado até a próxima semana. “Vamos levar a proposta às nossas bases, realizar assembleias para que retornemos ao governo com um posicionamento”, disse. Os representantes do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) também não concordaram com a nova oferta.
Já para o presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior, Eduardo Rolim, a proposta do governo atendeu aos 15 itens solicitados pela entidade. “O governo atendeu integralmente à nossa pauta. É um avanço. Agora, vamos fazer análise e consultar os professores do país inteiro”.
Os professores universitários estão em greve há 69 dias. Dados da Andes e do Sinasefe apontam que a paralisação atinge 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 institutos federais de educação tecnológica.
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