Em depoimento, Thor lamenta morte e se diz inocente
Declaraes foram dadas aps mais de seis horas dentro da delegacia de Xerm, na tarde desta quarta-feira; ele manteve a verso de que a vtima estava no meio da pista; laudo da percia criminal sai s em 20 dias
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247 - "Gostaria de dizer que lamento, lamento profundamente pela perda do Wanderson, eu respeito a dor da família, a perda de um ente querido é complicado", disse Thor Batista, durante coletiva de imprensa, ao fom de seu depoimento à Polícia do Rio de Janeiro. "Mesmo convicto da minha inocência, eu confirmo aqui que vou prestar todo o auxílio que for necessário à família e no que for mais necessário", acrescentou.
Após ficar mais de seis horas dentro da 61ª Delegacia de Polícia de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Thor, filho do homem mais rico do país, declarou que a morte de Wanderson Pereira dos Santos foi um acidente. Ele confirmou à polícia que Wanderson atravessou a pista com sua bicicleta e, por isso, ocorreu o acidente. Thor e o amigo que o acompanhava no momento do acidente foram ouvidos separadamente.
O amigo falou por cerca de duas horas e meia. Além dos advogados e seguranças, três assessores do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, acompanham os trabalhos na delegacia. Seis pessoas já foram ouvidas; uma outra testemunha, que estaria em um dos carros que trafegavam pela via após o acidente, também pode ser chamada para depor.
Além de contratar o melhor e mais caro escritório de advocacia do país, de Marcio Thomaz Bastos, uma perícia paralela também já está em ação para fazer laudo particular. Eles querem que um outro profissional confirme a versão de Thor e indique que o carro estava em velocidade menor do que 100 quilômetros por hora.
A perícia oficial, com laudo completo, só sai em 20 dias. O Instituto Carlos Éboli, órgão de perícia criminal no Rio de Janeiro, é o responsável por produzir a prova mestra. A Polícia Civil fez outra vistoria no Mercedes Benz Mc Laren pilotado por Thor. Uma segunda análise, segundo a Policia Civil. De acordo com as lleis brasileiras, o carro e a bicicletas, veículos envolvidos na morte de Wanderson, não poderiam sequer ter saído do pátio da Polícia Rodoviária Federal.
A família do ajudante de caminhoneiro contesta esta versão e afirma que ele estava no acostamento quando foi atropelado e morto pelo McLaren. Eles também devem contestar as informações sobre a perícia, cautela dos veículos e socorro à vítima.
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