Em 2009, Giannetti defendia Bush e a guerra do Iraque
Guru econômico da candidata Marina Silva, Eduardo Giannetti declarou em uma entrevista à revista Época, em fevereiro de 2009, que "motivação" da guerra do Iraque era de "segurança interna e de ordem internacional" e que entendia o "argumento moral" de quem defendia o conflito; "Os americanos se sentem realmente vulneráveis e ameaçados", disse ele; guerra deixou dezenas de milhares de iraquianos mortos, inclusive crianças, sob o argumento do então presidente dos EUA, George W. Bush, de que o país tinha armas químicas e nucleares, o que provou-se ser mentiroso posteriormente
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247 – Em uma entrevista resgatada de fevereiro de 2009 concedida à revista Época (leia aqui), o economista Eduardo Giannetti, hoje coordenador econômico da campanha da candidata do PSB, Marina Silva, defendia a guerra do Iraque e os argumentos do então presidente George W. Bush. Ele disse que a "motivação" da guerra era de "segurança interna e de ordem internacional" e que entendia o "argumento moral" de quem defendia o conflito.
Questionado se era uma guerra por petróleo, Giannetti respondeu ao jornalista Marcelo Aguiar: "Não. Eu consigo entender o argumento moral de quem defende a guerra. A motivação é de segurança interna e de ordem internacional. Essa posição não é só do governo americano, mas da sociedade. A guerra não teria acontecido não fosse o 11 de setembro. Não teria legitimidade interna, nem a pouca que tem externa. Os ataques mudaram muito a psicologia americana e sua percepção do mundo. Os americanos se sentem realmente vulneráveis e ameaçados".
O economista afirmou ainda que tratava-se de uma "questão geopolítica" e que os americanos haviam cometido "um erro muito sério de política externa quando não terminaram a primeira guerra do Iraque", quando deixaram "de pé um ditador claramente hostil", em referência a Saddam Hussein. Ele definiu Hussein como "um risco para a humanidade". Giannetti complementou ainda que a guerra não era "uma iniciativa isolada de um presidente americano despreparado". "É uma coisa mais séria", declarou.
Embora quase todos os números do conflito sejam questionados, principalmente em relação aos iraquianos, pela falta de estatísticas oficiais, estima-se que ocorreram entre 97.461 e 106.348 mortes entre os iraquianos até julho de 2010. Os Estados Unidos perderam 3.492 soldados em campo e a Grã-Bretanha, 179. O motivo usado por Bush para a ocupação militar, o de que o Iraque estava desenvolvendo armas de destruição em massa, provou-se mentiroso posteriormente.
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