"Disputa pela Petrobras contribuiu para golpe de 1964"
No livro 1964 na visão do ministro do Trabalho de João Goulart, o ex-deputado Almino Affonso relata que a história original do golpe militar remonta ao ano de 1954, numa disputa envolvendo a estatal; a criação da Petrobras contrariava interesses dos EUA e, segundo ele conta, visões ideológicas opostas ou mesmo interesses escusos pautaram os debates a respeito do monopólio estatal do petróleo; “O centro nevrálgico das campanhas era a questão do petróleo”, diz
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Conjur - Tema dos recentes debates eleitorais, não é de hoje que a Petrobras acirra os ânimos políticos do país. No livro 1964 na visão do Ministro do Trabalho de João Goulart, o ex-deputado Almino Affonso relata que a história original do golpe militar remonta ao ano de 1954, numa disputa envolvendo a estatal. A criação da Petrobras contrariava interesses dos EUA e, segundo ele conta, visões ideológicas opostas ou mesmo interesses escusos pautaram os debates a respeito do monopólio estatal do petróleo. “O centro nevrálgico das campanhas era a questão do petróleo”, diz.
Em entrevista ao podcast Rio Bravo, o ex-ministro relembra momentos que antecederam o golpe. Ele refuta, por exemplo, a tese de que o governo João Goulart era pró-comunista e ressalta o papel do então presidente para se evitar um conflito armado. Além disso, o autor fala de sua experiência política durante o governo João Goulart como parlamentar e ministro e conta o papel do movimento estudantil no período.
Para Almino Affonso, o tema da ditadura militar ainda atrai o interesse das novas gerações de leitores e estudantes porque, durante muito tempo, essa história não foi devidamente contada. Isso porque, mesmo os meios de comunicação, endossaram, num primeiro momento, o golpe militar há 50 anos.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247