Dirigente do Cade fala em cartel em outros setores
Segundo o novo superintendente-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Eduardo Frade, órgão busca evidências de acerto entre empresas para além da Petrobrás e das obras de Angra 3: “Estamos procurando evidências em tudo que é tipo de mercado. Isso aí estamos fazendo com a ciência de que é possível, sim, que haja cartéis em outros setores”
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247 – O novo superintendente-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Eduardo Frade, indica que o órgão busca evidências de acerto entre empresas para além da Petrobrás e das obras de Angra 3: “Estamos procurando evidências em tudo que é tipo de mercado. Isso aí estamos fazendo com a ciência de que é possível, sim, que haja cartéis em outros setores”.
Em entrevista ao ‘Estado de S. Paulo’, ele diz que está aberto a novos acordos de leniência, pelos quais as empresas delatam o cartel em troca de punição menor. “Pela nossa jurisprudência, estamos falando de multa de pelo menos 15% do faturamento, mas há precedente no Cade de algo maior que isso, como foi o caso do cartel do cimento (quando foram aplicadas multas que totalizam R$ 3,2 bilhões). Tem chance de estarmos falando de multas próximas do máximo permitido pela lei”, afirma.
Ele também rebate a acusação de que a Operação Lava Jato é baseada apenas em delações: “É uma falácia tentar argumentar que os casos que estão saindo agora são baseados apenas e tão somente em delações. Para além das delações, foram feitas buscas e apreensões. Já estamos na 17.ª fase da Operação Lava Jato e foram apreendidos provas e documentos de todos os tipos. Pelo que vejo do trabalho do MP (Ministério Público) e da PF (Polícia Federal), há um cuidado grande de angariar provas além da delação” (leia mais).
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