Dirceu reitera: consultoria não tem relação com Lava Jato
"O contrato com a JAMP Engenharia [do empresário Milton Pascowitch, preso hoje], assinado em março de 2011, teve o objetivo de prospecção de negócios para a Engevix no exterior, sobretudo no mercado peruano. O ex-ministro refuta qualquer relação do seu trabalho de consultoria com contratos da construtora com a Petrobras", diz nota divulgada pela assessoria do ex-ministro; José Dirceu foi acusado hoje por investigadores da Lava Jato de ser a ligação de Pascowitch entre a Petrobras e o PT; "No período da prestação de serviços da JD Assessoria e Consultoria à Engevix e à JAMP, a construtora atuou em estudos para construção de hidrelétrica, projetos de irrigação e linhas ferroviárias no Peru", esclarece
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247 – O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu rebateu, na tarde desta quinta-feira 21, as acusações de que seria o elemento de ligação entre o PT e a Petrobras para o empresário Milton Pascowitch, preso hoje na 13ª fase da Operação Lava Jato.
Pascowitch presta serviços à Ecovix, do ramo de construção naval e offshore, e, de acordo com os procuradores, fez pagamentos à JD Consultoria, de José Dirceu e seu irmão, entre 2011 e 2012. "A única ligação entre Pascowitch e o Partido dos Trabalhadores que temos hoje é através do José Dirceu", disse o delegado Igor Romário de Paula.
Na nota, Dirceu reitera, como já havia feito antes, que suas consultorias não têm relação com os contratos da Petrobras investigados pela Lava Jato. Leia a íntegra da nota:
NOTA À IMPRENSA
O ex-ministro José Dirceu reitera, conforme já divulgado anteriormente, que o contrato com a JAMP Engenharia, assinado em março de 2011, teve o objetivo de prospecção de negócios para a Engevix no exterior, sobretudo no mercado peruano. O ex-ministro refuta qualquer relação do seu trabalho de consultoria com contratos da construtora com a Petrobras.
No período da prestação de serviços da JD Asssessoria e Consultoria à Engevix e à JAMP, a construtora atuou em estudos para construção de hidrelétrica, projetos de irrigação e linhas ferroviárias no Peru.
Durante a vigência do contrato, o ex-ministro José Dirceu chegou a viajar a Lima para tratar de interesses da Engevix – fato também confirmado pelo ex-vice-presidente da construtora Gerson Almada. Em seu depoimento à Justiça, Almada afirmou que nunca falou com o ex-ministro a respeito da Petrobras.
"Ele (Dirceu) se colocou à disposição para fazer um trabalho junto à Engevix no exterior, basicamente voltado a vendas da empresa em toda a América Latina, Cuba e África, que é onde ele mantinha um capital humano de relacionamento muito forte", disse o empresário em seu depoimento. O presidente do Conselho da Engevix, Christian Kok também reconheceu, em entrevista à imprensa, que a Engevix contratou a JD Assessoria e Consultoria para auxiliar em negócios fora do Brasil.
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