Dilma toca na ferida dos jovens mortos pela PM
"Assim como Douglas, milhares de outros jovens negros da periferia são vítimas cotidianas da violência. A violência contra a periferia é a manifestação mais forte da desigualdade no Brasil", disse a presidente no Twitter, que contou ter recebido com "tristeza" a notícia da morte de Douglas Rodrigues, de 17 anos; assassinato de mais um inocente deflagrou protesto que terminou em destruição e 90 prisões em São Paulo; violência policial envergonha o País
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247 - A presidente Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter para tocar numa das principais feridas da sociedade brasileira: a violência policial contra jovens da periferia. Na noite de ontem, um protesto em São Paulo contra a morte de mais um jovem terminou com saques, violência, ônibus incendiados e 90 pessoas presas (leia aqui). Leia ainda o perfil de Douglas escrito por Paulo Nogueira, editor do Diário do Centro do Mundo.
Abaixo, relato da Agência Brasil sobre o caso:
Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff lamentou hoje (29), em sua conta no microblog Twitter, a morte do estudante Douglas Rodrigues, baleado domingo (27) por um policial militar na zona norte de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, o disparo foi acidental. Douglas foi levado ao Pronto-Socorro do Jaçanã, mas não resistiu ao ferimento e morreu.
"Nessa hora de dor, presto minha solidariedade à família e aos amigos. Assim como Douglas, milhares de outros jovens negros da periferia são vitimas cotidianas da violência. A violência contra a periferia é a manifestação mais forte da desigualdade no Brasil", escreveu a presidenta.
Moradores de São Paulo fizeram manifestações desde a madrugada de ontem (28). Os protestos contra a morte do jovem bloquearam a Rodovia Fernão Dias na noite passada e resultaram em ônibus e caminhões incendiados.
Na tarde de domingo (27), por volta das 14h, a PM foi chamada para atender a uma ocorrência de perturbação do sossego. No local, havia uma aglomeração de pessoas e um carro com o som em alto volume. De acordo com a polícia, ao descer do carro para iniciar a abordagem, o policial fez um disparo acidental. Ele foi autuado em flagrante por homicídio culposo (sem intenção de matar) e responderá a processo criminal. Segundo a Polícia Militar, o motivo da abordagem ainda será esclarecido.
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