Dilma suspende evento e chora pelas vítimas do massacre. Assista ao video
Emocionada, a presidente pediu um minuto de silncio pelas vtimas do Realengo
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Rodolfo Borges, de Brasília – A presidente Dilma Rousseff abreviou para 15 minutos a cerimônia comemorativa de um milhão de inscritos no Programa Microempreendedor Individual, do Ministério do Desenvolvimento, por conta do massacre de 11 crianças na escola Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro. Emocionada, Dilma dispensou o discurso programado e disse que “hoje temos que lamentar o fato que ocorreu em Realengo”, um crime que, segundo ela, “não é característica do país. “Considero que todos nós aqui presentes estamos unidos num repúdio ao ato violento, sobretudo cometido contra pessoas indefesas”, disse a presidente, emocionada. Ao encerrar o pronunciamento, Dilma pediu um minuto de silêncio e, com a voz embargada, disse que o ato era uma “homenagem a esses brasileirinhos que foram retirados tão cedo da vida". É possível que a presidente viagem para o Rio de Janeiro.
Em nota, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que, assim que soube da tragédia, entrou em contato com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e com o prefeito, Eduardo Paes. “O ministro ofereceu apoio ao governo do estado e solidariedade aos familiares em nome do governo federal. Antes de iniciar palestra no Encontro Nacional de Combate às Organizações Criminosas, em João Pessoa, na Paraíba, o ministro solicitou um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia ocorrida no bairro de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ)”, diz a nota.
Para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a morte das crianças foi consequência de um ato de terrorismo. “Não pode passar pela nossa cabeça que isso ocorra nas nossas escolas”, disse Sarney, acrescentando que o governo deve dar mais atenção à segurança nas escolas. “Nós nunca tivemos coisa desse tipo. Isso choca profundamente”, completou. O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) se disse estarrecido e atribuiu o ocorrido à “devastação” que as drogas vêm provocando no Rio de Janeiro. “Entrar numa escola e ficar 40 minutos dando tiro é algo, meu Deus do céu, imprevisível. Crianças de 9 a 14 anos que morreram, inocentes. É uma tragédia enorme, não temos palavras para manifestar essa dor”, disse.
O deputado Chico Alencar (PSol-RJ), que conhece e elogia o trabalho da escola municipal Tasso da Silveira, atribuiu o ocorrido à facilidade da circulação de armas no país. “Quem tem de ter o monopólio da força e da arma letal é o estado democrático e o poder público. Temos de repensar o controle da arma de fogo, que está muito frouxo no Brasil inteiro”, disse. “A escola pública não é mais desguarnecida que a escola particular, mas ela reflete mais o estado da nossa sociedade. É mais democrática, daí os controles todos, que considero pedagogicamente errados, não existem lá”, disse ao Brasil 247. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), comentou que se cogitou a suspensão da sessão em solidariedade à famílias, mas os deputados optaram por fazer um minuto de silêncio e “exigir dos entes federados medidas concretas para evitar esse tipo de ação e dar todo o respaldo às famílias”. O deputado preferiu não adiantar quais seriam as medidas indicadas. Assista ao vídeo com Dilma:
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