Dilma responde Lindberg: Levy fica
Em resposta às declarações do senador Lindberg Farias (PT-RJ), que criticou o ajuste e defendeu a saída do ministro Joaquim Levy, Dilma disse que respeita a posição do senador, mas deixou claro que Levy é pessoa "de sua confiança"; "Dentro de todos os partidos, você vê pessoas pensando diferente. Eu não tenho a mesma posição do senador em relação ao Joaquim Levy. O Joaquim Levy é da minha confiança, fica no governo", afirmou; em conversa com o presidente Tabaré Vásquez, que esteve hoje em Brasília, Dilma disse que defendeu que a Venezuela deve solucionar as dificuldades de forma "democrática" e que fazer acordo com a União Europeia é prioridade para o Mercosul este ano
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Paulo Victor Chagas, da Agência Brasil - A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, 21, que quer e precisa da aprovação das medidas de ajuste fiscal em tramitação no Congresso. Acrescentou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é homem de sua confiança e permanecerá no governo. Segundo ela, o ajuste é "fundamental" para o "Brasil virar esta página" que começou com a crise econômica mundial, em 2008.
Em referência aos comentários do senador Lindberg Farias (PT-RJ), que em entrevista nessa quarta-feira (20) defendeu a saída de Levy, a presidenta disse que o ministro vai permanecer no governo. "Este é um país democrático, as pessoas podem pensar diferente. Dentro de todos os partidos, você vê pessoas pensando diferente. Eu não tenho a mesma posição do senador em relação ao Joaquim Levy. O Joaquim Levy é da minha confiança, fica no governo", afirmou.
As declarações foram feitas no Palácio Itamaraty. Enquanto aguardava a chegada do presidente uruguaio Tabaré Vázquez, a presidenta disse que o país vive um momento "muito especial" em que a aprovação do ajuste é necessária. Ela destacou que em um regime democrático, o Poder Executivo não pode dar ordens para o Legislativo aprovar. Para Dilma, não é possível tratar de eventuais vetos à alterações que porventura sejam feitas pelo Congresso.
"Nós trabalhamos para a aprovação. O que se faz? Se dialoga. Eu tenho de respeitar como vai se dar a discussão. Não sei se vai ter emenda ou não. A gente não faz prognósticos, a gente observa a realidade, tenta criar condições para que coisas se deem conforme as necessidades do país", afirmou a presidenta.
"Desde quando começou a crise do [banco americano] Lehman Brothers, nós viemos segurando [a economia] com os recursos brasileiros e impedindo que a crise se alastre pelo país. Segurando emprego, renda e empresas para que possam ter atividade econômica. A crise durou uma quantidade de tempo, estamos no oitavo ano no mundo, sétimo no Brasil", ressaltou Dilma. Ela frisou, no entanto, que há um limite para os gastos. Segundo a presidenta, o momento agora é de recompor as contas fiscais "para poder prosseguir". A seu ver, isso será feito com as medidas provisórias e o projeto de lei (das desonerações) que estão no Congresso.
Confira abaixo reportagem do 247 sobre o assunto:
Dilma: Venezuela deve resolver conflitos pacificamente
A presidente Dilma Rousseff afirmou a jornalistas nesta quinta-feira 21 que a Venezuela foi um dos temas discutidos entre ela e o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, que foi recebido por ela hoje no Palácio do Planalto. Os dois participam de um almoço no Itamaray.
"Sobre a Venezuela, eu e o presidente Tabaré Vázquez coincidimos que seu legítimo governo e suas forças devem buscar solucionar pacífica e democraticamente, no marco constitucional do país, os conflitos e as dificuldades e os desafios existentes", disse a presidente. "O entendimento entre os venezuelanos interessa ao conjunto dos latino-americanos", acrescentou.
Dilma também disse que fazer acordo com a União Europeia, este ano, é prioridade da agenda externa do Mercosul.
Ao ser questionada sobre pedido de saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pelo senador Lindberg Farias (PT-RJ), Dilma respondeu que Levy é de sua confiança e seguirá no cargo.
Ela confirmou ainda que o contingenciamento do Orçamento será anunciado na sexta-feira e ressaltou que "nenhum contingenciamento paralisa o governo. O governo gasta menos com certas coisas". Segundo Dilma, "vamos fazer uma boa economia para que o País volte a crescer".
De acordo com a presidente, o programa de concessões de infraestrutura será lançado no dia 9 de junho.
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