Dilma diz que situação em Gaza é um massacre
Presidente classificou de desproporcional a ação de Israel na Faixa de Gaza durante sabatina promovida por Folha, Uol, SBT e Jovem Pan nesta segunda-feira; "Não acho que é genocídio, mas acho que é um massacre. Tem uma ação desproporcional", disse; Dilma Rousseff também lamentou as palavras do porta-voz da chancelaria israelense, que chamou o Brasil de "anão diplomático"
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Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, classificou hoje (28) de desproporcional a ação de Israel na Faixa de Gaza. Desde o início dos bombardeios de Israel em Gaza, há três semanas, 1.030 palestinos, inclusive mulheres e crianças, morreram. Do lado israelense, foram 43 mortes, todas de soldados. Para Dilma, Israel está promovendo um "massacre ao atingir a população civil, principalmente mulheres e crianças".
"Não acho que é genocídio, mas acho que é um massacre. Tem uma ação desproporcional," disse a presidenta, que considerou lamentável a posição do porta-voz do ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmo que, segundo um jornal local, chamou o Brasil de "anão diplomático". "Lamento as palavras do porta-voz, pois as palavras produzem um clima muito ruim, deveríamos ter cuidado com as palavras", ponderou.
Dilma fez as declarações em resposta a uma pergunta durante sabatina organizada pelo jornal Folha de S.Paulo, o portal UOL, o SBT e a Rádio Jovem Pan, realizada nesta segunda-feira no Palácio da Alvorada. Os quatro veículos de comunicação já sabatinaram neste mês os candidatos Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB).
A presidenta, porém, negou que haja uma crise diplomática com Israel e lembrou que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o Estado judeu. Segundo Dilma, o Brasil defende a existência tanto do Estado de Israel quanto de um Estado palestino.
Dilma elogiou a posição do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, que aprovou hoje (28) um pedido de cessar-fogo humanitário na região. "A decisão da ONU de exigir um cessar-fogo imediato é muito bem-vinda, pois é uma situação que não dá para continuar", avaliou.
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