Dilma: agenda de Renan coincide com propostas do governo
Clima de reaproximação entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiro (PMDB), é cada vez mais claro; Dilma afirmou nesta terça-feira, 11, que as medidas propostas por Renan coincidem com as propostas do governo; “Nós olhamos essas 27 propostas com grande interesse e valorizamos muito a presença delas. Eu acho que essa sim é a agenda positiva para o país”, afirmou; “Mostra por parte do Senado uma disposição de contribuir para o Brasil sair das suas dificuldades o mais rápido possível”
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BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff elogiou o conjunto de sugestões para enfrentar a crise econômica apresentado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e afirmou nesta terça-feira que as medidas coincidem com as propostas do governo.
A presidente, que em jantar com senadores aliados na noite da segunda-feira fez um apelo para que aprovem medidas do ajuste fiscal e impeçam a votação de matérias com impacto nas contas públicas, disse nesta terça que a sugestão de 27 propostas de Renan sinaliza “a melhor relação possível” entre o Executivo e o Legislativo.
“Muitas das propostas do presidente Renan coincidem plenamente com as nossas, são propostas muito bem-vindas”, afirmou a presidente a jornalistas após anúncio do Programa de Investimento em Energia Elétrica.
“Nós olhamos essas 27 propostas com grande interesse e valorizamos muito a presença delas. Eu acho que essa sim é a agenda positiva para o país”, disse Dilma. “Mostra por parte do Senado uma disposição de contribuir para o Brasil sair das suas dificuldades o mais rápido possível.”
As sugestões de Renan dividem-se em três eixos temáticos – melhoria do ambiente de negócios, equilíbrio fiscal e proteção social – e foram anunciadas após reuniões do presidente com parlamentares e os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa.
O governo tenta reativar a sua governabilidade no Congresso, tendo o Senado como um ponto de equilíbrio para evitar a aprovação da chamada “pauta-bomba”. Segundo um senador da base, a ideia do governo é focar sua articulação no Senado, dando mais protagonismo à Casa, uma vez que a situação na Câmara tornou-se “inadministrável”, de acordo com esse parlamentar.
LÁSTIMA
Em outra frente, o governo continuou com sua tentativa de impor uma agenda positiva e lançou nesta terça um plano de investimento em energia, que segundo a presidente servirá de “alavanca” para o crescimento ajudará a ampliar “de forma decisiva” a solidez do sistema de energia elétrica do Brasil.
Dilma aproveitou para afirmar que apesar da “maior crise hídrica” enfrentada pelo país, o sistema continua tendo sustentação e não houve racionamento. Disse ainda “lastimar” que as contas de luz tenham tido um aumento.
“Entre faltar energia e ter energia, é melhor pagar um pouco mais por ter energia, porque o preço da falta de energia é imenso em emprego, em renda, em dificuldade da empresa não é nem de produzir, não, é de abrir.”
Para Dilma, o lançamento do programa para o setor elétrico sinaliza a disposição do país em continuar investindo em geração e transmissão de energia e dá previsibilidade aos investidores.
“As geradoras no Brasil estão produzindo o suficiente para abastecer o mercado, não há nenhuma quebra de produção, nenhum problema, nós não temos nenhuma crise por esse lado no setor elétrico de maneira alguma”, disse a presidente a jornalistas.
“Este país é a sétima economia do mundo, não há nenhum motivo para não virem investir aqui.”
Durante discurso na cerimônia de anúncio do plano, Dilma afirmou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estuda uma redução de 15 a 20 por cento na bandeira tarifária vermelha cobrada na contas de eletricidade. [nL1N10M16U]
A presidente também disse ter certeza que a inflação irá convergir para a meta em 2016 e progressivamente em 2017.
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