Dilma admite consulta popular por referendo para reforma

"Porque é que eu acho que não interessa muito se será plebiscito ou referendo? Por conta do seguinte: é importante saber o que vai constar da reforma. Se a gente tiver um acordo amplo sobre o que vai constar na reforma, pode ser uma coisa ou outra", disse a presidente Dilma Rousseff no Jornal do SBT

Brasília - DF, 28/10/2014. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para o Jornal SBT Brasil. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Brasília - DF, 28/10/2014. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista para o Jornal SBT Brasil. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Roberta Namour)


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(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff admitiu nesta terça-feira que a consulta popular para a reforma política possa se dar por meio de um referendo e não de um plebiscito, como vinha defendendo.

Em entrevistas ao Jornal do SBT e ao Jornal da Band nesta noite, a presidente disse que "todos defendem a consulta popular" e "não interessa muito se é referendo ou plebiscito".

"Porque é que eu acho que não interessa muito se será plebiscito ou referendo? Por conta do seguinte: é importante saber o que vai constar da reforma. Se a gente tiver um acordo amplo sobre o que vai constar na reforma, pode ser uma coisa ou outra", disse Dilma no Jornal do SBT.

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Anteriormente, a presidente defendia que o ponto de partida para a reforma política fosse um plebiscito, mecanismo pelo qual a população determinaria quais pontos seriam modificados. No referendo, o Congresso fará a reforma e a submeterá à aprovação do eleitorado, que votará contra ou a favor da reforma aprovada.

Dilma voltou a defender o diálogo em um segundo mandato e disse que poderá chamar os candidatos derrotados Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) para conversar sobre a reforma política.

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"Sem a menor sombra de dúvida, eu estou aberta ao diálogo", respondeu Dilma quando questionada no Jornal do SBT se chamaria Aécio e Marina para discutir a reforma política.

"Eu acho que a palavra correta no início de um governo é se abrir ao diálogo com todos os setores, o Aécio, a Marina", disse a presidente. "Sim, eu posso chamá-los sim."

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A presidente prometeu mais uma vez que não deixará "pedra sobre pedra" nas investigação sobre escândalos de corrupção na Petrobras e disse que o governo não será obstáculo para a instalação de mais uma comissão parlamentar de inquérito sobre a estatal no Congresso.

"Eu vejo com tranquilidade quantas CPIs quiserem instalar", assegurou.

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EVITAR REDUÇÃO NO RATING DO BRASIL

A presidente disse também que a economia brasileira tem condições de se recuperar e evitar que a nota de crédito do país seja rebaixada pelas agências internacionais de classificação de risco.

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"O Brasil está passando por uma situação, que eu diria, ainda difícil, mas nós temos todas as condições de sair dela se todos nós nos dermos as mãos e tivermos como claro objetivo essa retomada do crescimento econômico", disse a presidente em entrevista ao Jornal da Band.

"Até agora nós não temos essa sinalização de que vai haver em um futuro imediato a redução do grau de investimento", disse Dilma.
Nesta manhã, a Moody's divulgou comunicado com os principais desafios da presidente reeleita e afirmou que "a avaliação de rating do governo brasileiro dependerá de seu sucesso em lidar com os problemas de crescimento do país".

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Em setembro a Moody's tinha revisado sua perspectiva para o rating brasileiro de estável para negativa.

No último dia 16, a Fitch havia dito que a estratégia do próximo governo para incentivar o crescimento e enfrentar alguns desequilíbrios macroeconômicos, como a inflação elevada e os altos déficits fiscal e de conta corrente, será fundamental para a trajetória do rating soberano do país.

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Em julho a Fitch havia reafirmado o rating do país com perspectiva estável.

(Por Eduardo Simões)

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