Desvios na Norte-Sul superam a cifra de R$ 100 milhões

Relatório da PF aponta superfaturamento em todos os trechos da obra pilotada por Juquinha, ex-chefe da Valec; escândalo atinge Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Constran, além de construtoras menores; Juquinha já teve confiscados todos os seus bens; mas e os empreiteiros?

Desvios na Norte-Sul superam a cifra de R$ 100 milhões
Desvios na Norte-Sul superam a cifra de R$ 100 milhões (Foto: Edição/247)


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Goiás 247 – O relatório da Polícia Federal sobre a Operação Trem Pagador, que prendeu José Francisco das Neves, o Juquinha, ex-presidente da Valec, aponta a origem da sua fortuna de R$ 60 milhões, convertida em imóveis e fazendas, que acaba de ser confiscada pela Justiça de Goiás. Trata-se do superfaturamento nas obras da Ferrovia Norte-Sul, pilotadas por Juquinha, entre Tocantins e Goiás.

Nos quatro trechos da obra que liga as cidades de Palmas (TO) a Anápolis (GO), houve sobrepreço, segundo a PF. No lote 1, executado pela Queiroz Galvão, entre Anápolis e Campo Limpo, dois municípios goianos, o superfaturamento teria sido de R$ 5,1 milhões. No 2, de Ouro Verde ao pátio de Jaraguá, sob a responsabilidade da Camargo Corrêa e da Constran, de R$ 25,5 milhões. No 3, de Jaraguá a Santa Isabel, liderado pela Andrade Gutierrez, mais R$ 22 milhões. Finalmente, no 4, de Santa Isabel a Uruaçu, a cargo da Constran, o maior valor: R$ 48,5 milhões.

Neste último caso, a construtora, do empresário Ricardo Pessoa, ex-OAS, fez acordos com as construtoras EIT e Lupama, que seriam ligadas a Fernando Sarney, filho do presidente do Senado Federal, José Sarney.

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Só Juquinha?

Na sexta-feira, a Justiça Federal de Goiás tomou uma decisão exemplar relacionada a Juquinha. Ele foi o primeiro alvo da nova lei de lavagem de dinheiro e teve todos os seus bens arrestados – o que inclui três mansões em Goiânia e várias fazendas no estado.

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Ele também pode vir a ser convocado pelo Congresso Nacional. É a intenção do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que afirma que o escândalo Juquinha será “maior do que o caso Cachoeira”.

Mas sempre convém lembrar a reclamação constante do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que há anos prega, no vazio, pela CPI das empreiteiras. “O Brasil pune os corruptos, mas não os corruptores.” Será que desta vez muda?

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