Desglobalização

A construção de uma econômica globalizada sugere vários ingredientes, mas se nada fizermos, e logo, o impacto da nossa desglobalização atingirá, por certo, o coração, que pulsa um crescimento falho



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A apatia do mercado financeiro, que caminha a passos largos para uma queda, jamais sentida, pós-crise, o rombo fiscal americano e os desencontros europeus, tudo isso tem mantido o viés de baixa das atividades acionárias, com perversos reflexos no Brasil.

A nossa economia fechada não consegue antever respostas à altura e os investidores cada vez mais se desiludem para não retornarem ao quadro de minoritários.

Vivemos, em passos lentos, os aspectos da desglobalização, pois que o principal fator dela seria de influir, decisiva e fortemente, nas políticas econômicas de Primeiro Mundo.

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Em uma boa parte das empresas nacionais já fora alienado o controle e mundos e fundos entram nos mercados para investimentos, que acabam tirando os controles das mãos dos brasileiros.

Até aqui apenas uma crítica do que poderá o futuro trilhar, na medida em que o governo, na última década, vangloria-se dos seus esforços e das suas inclusões sociais.

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Nada mais inexato. O poder aquisitivo está corroído e a inflação saltitante, nada mais se faz com a nota de cem reais, tanto que, doravante, teríamos que lançar aquelas de duzentos e quinhentos para reverter a expectativa do consumidor.

Enquanto ficamos olhando o que acontece nos mercados avançados, lançando e emitindo papel, os Bancos Centrais compram títulos públicos, aqui o marasmo impera, somente bate boca entre política de juros e meta inflacionária, deixando de lado a banda cambial.

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As nossas indústrias não apresentam qualquer viés de melhora e o empresariado, de uma forma geral, desanimou com o desenho do pior dos mundos, haja vista que as reformas não saem do papel e a campanha à reeleição, desde muito, já começou.

Bem assim, precisamos reverter erros de políticas econômicas e olhar o mercado acionário como salvaguarda, e não como um centro de especulação e domínio de poucos e grandes investidores.

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Desta forma, sem um alívio da carga tributária e redução dos preços das operações financeiras, nada caminha, ao que parece, também a Comissão de Valores Mobiliários deve ficar atenta às movimentações estranhas de algumas companhias, naquele sobe e desce de preços, além de informações privilegiadas.

Os mais pessimistas estão apostando na pura especulação, já que a meta inflacionária é a bolha da vez e nosso crescimento continua esquálido.

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O governo, que bem soube trabalhar o problema, tempos atrás, agora se mostra engessado e as câmaras de políticas econômicas não veem medidas a curto prazo.

O caminho parece indicar o Oriente e também Ásia, nessas terras florescem os investimentos e passam a comprar tudo na Europa e nos EUA.

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Ficamos isolados do contexto global econômico, e os pactos não sucederam de molde a romper barreiras.

O Mercosul engatinha e não saiu do papel, enquanto o Chile apresenta forte crescimento e inúmeras alianças comerciais, apesar de sua pouca população, se comparada com o Brasil, notamos o sentido de imaginação e pacotes de apoio aos pequenos e médios empresários.

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O BNDES não se cansa de emprestar recursos às grandes empresas, muitas da quais em crise econômica, precisando abrir linhas de crédito para os empreendedores individuais e prestadores de serviços.

Não começamos o ano e as bolsas rolam ladeira abaixo em semanas de crise e colapso dos mercados, estranho, porém que nos Países desenvolvidos a situação revela-se equilibrada e mais palatável.

A continuar essa percepção, o acionista terá duplo engano, o primeiro, quando investe priorizando retorno e, o outro, quando aguarda dividendos, já que a grande maioria das empresas não traduz balanço positivo.

Vivemos a época na qual as empresas se angustiam nas suas agonias diárias de reduzir prejuízos e não indicam lucros, ao menos, a médio prazo, eis que a conjuntura externa não nos é favorável.

A tentativa de se produzir artificial mercado interno de consumo não foi adiante e a nossa integração econômica é falha e muito frágil.
Distantes da crise Europeia e Americana, os países árabes não sacudidos pela primavera e outros asiáticos comandam o cenário global.

Talvez seja essa a saída melhor de nos conectarmos no progresso dessa faixa menor do planeta na qual os negócios deram certo, a tributação é reduzida e a burocracia praticamente inexistente.

Enfim, a construção de uma econômica globalizada sugere vários ingredientes, mas se nada fizermos, e logo, o impacto da nossa desglobalização atingirá, por certo, o coração, que pulsa o crescimento falho e o desenvolvimento pequeno do País.

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